O Twitter demorou a entrar no negócio da publicidade, mas está empenhado em diferenciar a sua oferta tirando partido das peculiaridades do serviço. Prova disso é o mais recente lançamento em matéria de ferramentas destinadas a empresas que recorrem ao serviço para promover os seus produtos e estreitar a relação com os clientes.

A rede social de microblogs apresentou quinta-feira uma ferramenta que permite categorizar os anúncios veiculados através do serviço, para assegurar que estes são mostrados aos utilizadores que podem ter interesse nos mesmos.

O mecanismo permite associar temas a um anúncio (como "cães", "cinema" ou "moda"), que será depois mostrado entre os tweets de utilizadores cuja atividade online revele interesse naquele assunto, relata a Associated Press.

A novidade vem trazer ao serviço a possibilidade de comercializar a tão popular (e polémica) "publicidade à medida", que se acredita ser mais eficaz, por ir ao encontro dos interesses do internauta a que é mostrada - uma estratégia da qual já tiram partido gigantes como a Google, Yahoo e Facebook, por exemplo.

A par da nova funcionalidade, o Twitter vem também dar a possibilidade às empresas de associarem os seus anúncios - conhecidos como Promoted Tweets - a contas cujos seguidores sejam, provavelmente, pessoas interessadas nos produtos/serviços que a empresa procura promover.

Estes apresentam-se como os mais recentes esforços do Twitter para tirar partido da popularidade conseguida com o serviço - que lançou em 2006, mas só em 2010 abriu à publicidade. Inicialmente os anúncios estariam fora dos planos, mas a abordagem tem vindo a mudar. Ainda assim, os lucros anuais da empresa (que não são públicos por não estar cotada em bolsa) deverão ficar bem abaixo de outras gigantes online. De acordo com as estimativas da eMarketer, citada pela AP, a companhia terá gerado cerca de 260 milhões de dólares este ano. Uma receita que, com as mudanças que tem levado a cabo, deverá duplicar para os 540 milhões de dólares em 2014,acreditam os analistas.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes