Já se sabia que os smartphones são uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que oferecem informações constantes e são uma ligação em tempo real com o que se passa no mundo inteiro, são também um pólo de distrações que podem prejudicar o rendimento profissional.

Uma investigação das universidades de Würzburg e de Nottingham-Trent, adjudicada pela Kaspersky, veio agora comprovar aquilo que já se tinha quase como certeza: os smartphones são fontes de distração. Este trabalho envolveu indivíduos com idades compreendidas entre os 19 e os 56 anos e demonstrou que existe uma correlação direta entre a distância a que o utilizador está do smartphone e o seu nível de concentração. Quando o utilizador não está na mesma divisão que o seu smartphone, o seu desempenho profissional aumenta cerca de 26%. Isto porque os smartphones são como buracos negros que “sugam” a atenção do utilizador, quer queira, quer não, e fazem com que parte da sua concentração nas tarefas a que se dedica seja redirecionada para o aparelho.

Este estudo faz parte da investigação Digital Amnesia at Work da Kaspersky Lab.

Os resultados do estudo deixam claro que o nível de concentração só aumenta quando o smartphone está fora da divisão onde se encontra o utilizador. Não adianta deixá-lo em cima da mesa e pensar “Não lhe vou mexer”, ou guardá-lo numa gaveta e tentar ignorar a sua existência. Quanto mais longe estiver o smartphone, maior será a concentração na tarefa a realizar.

Ciente de que um local de trabalho sem smartphones pode não passar de uma utopia, Alfonso Ramírez, CEO da Kaspersky Lab Iberia, afirma que o estudo pode ajudar as empresas a implementarem regras de limitação da utilização destes dispositivos, de forma a aumentar a produtividade dos seus funcionários.

Em suma, se quer ser melhor profissional e alcançar um melhor desempenho, está na hora de cortar o “cordão umbilical” que o liga ao seu smartphone.