Na primeira vez em 13 anos, a Apple espera um recuo nas receitas entre janeiro e março, deste ano, que deverão ficar entre os 50 mil milhões de dólares e os 53 mil milhões, comparativamente aos 58 mil milhões de dólares de igual período no ano passado.

Para os resultados irão com certeza contribuir as vendas do iPhone, que representam cerca de dois terços das receitas totais da Apple, mas que têm vindo a desacelerar ao ponto de no último trimestre registarem um crescimento de apenas 0,4%. A empresa indicou que vendeu 74,77 milhões de iPhones no trimestre, ligeiramente acima dos 74,5 milhões vendidos um ano antes.

O abrandamento da economia na China e a valorização do dólar também contribuíram para os resultados pouco animadores, segundo a empresa.

No trimestre terminado a 26 de dezembro de 2015 a Apple atingiu 75,87 mil milhões de dólares (cerca de 70 mil milhões de euros) em receitas, numa subida de 1,7% que representa o menor crescimento trimestral desde junho de 2013, imediatamente antes do lançamento do iPhone 5S.

Apesar dos resultados menos bons, o “timoneiro” Tim Cook mostra-se optimista, até porque a empresa continua a ser uma das empresas mais rentáveis de sempre e a mais valiosa – embora sob ameaça da Alphabet, empresa-mãe da Google.

O CEO da Apple referiu em declarações ao The Wall Street Journal que a empresa não vive nem investe “em trimestres”. “Estou absolutamente convencido que as coisas que estamos a fazer estão corretas e que os ativos que temos são enormes”, sublinhou.

Não houve quaisquer inconfidências por parte de Tim Cook quanto aos lançamentos que aí vêm, mas entre os prováveis candidatos há um carro autónomo elétrico, a segunda geração do Watch, um novo iPad Air e novo mini-iPhone 5se.

Também não faltam rumores acerca do futuro investimento da marca da maçã na realidade virtual, que Tim Cook alimentou esta quarta-feira ao afirmar que não acha que a tecnologia seja um nicho. “Acho que é ‘engraçada’ e tem algumas aplicações interessantes”.