O custo elevado e o volume de reclamações levam a Deco a defender o fim das linhas de apoio ao cliente por 707 ou 708, tanto entre as empresas do sector privado como das instituições públicas. As chamadas para estes números têm um custo de 10 cêntimos por minuto para quem liga a partir de um telefone fixo e de 25 cêntimos por minuto quando a chamada é feita através de telemóvel, mais 23% de IVA.

Para a Associação de Defesa do Consumidor devia ser disponibilizado sempre “um número de rede fixa e começado por 2 para o apoio ao cliente e não números de valor acrescido”, referiu Ingride Pereira, jurista da Deco, em declarações ao Jornal de Notícias.

Com o atual modelo, o consumidor está a pagar para reclamar ou pedir ajuda para determinado serviço que já lhe é faturado, acrescenta a jurista. “O cliente paga e ainda é mal servido”.

Além disso, e enquanto as chamadas continuarem a ter um custo acrescido, também deviam existir gravações que informassem quem está ligar desse valor extra. “Muitos consumidores não têm a noção dos custos destas chamadas”. Por isso, “seria importante que, à semelhança do que acontece com os números de valor acrescentado, quando o consumidor ligasse para um 707 deveria ouvir uma gravação inicial que o informasse sobre o que vai pagar”.