No lugar da convergência, os consumidores preferem cada vez mais ter vários dispositivos para cada uma das suas necessidades e vivências. Esta é uma das conclusões que acompanha um estudo da Deloitte onde são apontadas tendências para o mercado nacional na área da Tecnologia, Media e Telecomunicações.
Neste ambiente, "os fabricantes de dispositivos serão verdadeiros fabricantes de experiências e assumem uma posição de relevância face aos produtores de conteúdos", refere a consultora.
A nova tendência de consumo pode dar origem a uma nova vida para os media tradicionais. "Esta nova vaga enquadra-se numa tendência crescente do consumo de conteúdos, por um lado, com os indivíduos a despender cada vez mais tempo, por outro, com um crescente investimento na facilitação desse consumo por parte dos media".
No que diz respeito à imprensa, pese embora uma pequena percentagem das publicações com edições online venha a adoptar modelos por subscrição e implantar estratégias de pagamento, como os paywalls (cobrança por acesso ao conteúdo) e micropagamentos (cobrança por conteúdos "um pouco de cada vez"), a maior parte das receitas destes títulos continuará a advir da publicidade na Web.
Relativamente à televisão, no próximo ano, e após o sucesso do 3D no cinema, as expectativas são que a tecnologia acelere e dinamize o sector, contribuindo também para o aumento de novas fontes de receita. "Contudo, é importante gerir as expectativas quanto ao impacto desta tecnologia, pois para o consumidor são experiências completamente distintas do cinema", aconselha a Deloitte.
Actualmente, ferramentas de que são exemplo o designado pay-per-view, ou o video on-demand, não se substituem ainda à hegemonia da televisão tradicional, conclui o estudo.
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