Os resultados de um estudo europeu divulgado esta quinta-feira mostram que são necessárias mais medidas para levar a região à liderança mundial na adoção de serviços digitais. Os países que habitualmente mais se destacam nesta área na região (Dinamarca, Suécia ou Finlândia) estão entre os mais evoluídos do mundo, mas a região como um todo está longe dessa fasquia.

Os números mostram que 71% das famílias europeias têm acesso a banda larga de alta velocidade, com um débito de pelo menos 30 Mbps, traduzindo uma evolução importante face ao ano anterior (62%). Na banda larga móvel, o número de assinantes avançou de 64 assinaturas por 100 habitante para 75.

Uma das maiores fragilidades de Portugal nesta área está nas competências digitais, algo que também acontece na Europa como um todo. O estudo mostra que o número de europeus formados em ciências, tecnologias e matemática tem vindo a aumentar, mas quase metade dos cidadãos da região, cerca de 45%, contínua sem competências digitais básicas. Não sabem utilizar uma caixa de correio eletrónico ou instalar dispositivos eletrónicos, por exemplo.

Outra área onde a CE reconhece a necessidade de medidas, neste “Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade” é a do comércio eletrónico. As relações comerciais transfronteiriças continuam a ser a maior prioridade em termos de políticas de atuação, já que só 7,5% das PME tiram partido desta oportunidade. Também é preciso dinamizar a utilização dos serviços públicos digitais, defende a CE. Menos de um terço dos europeus (32%) interagem com os serviços públicos do seu país por esta via e o número não está a aumentar.