O tribunal italiano emitiu hoje um mandado de prisão contra o fundador (e actual membro do conselho de administração) da operadora de Internet italiana Fastweb, Silvio Scaglia, por alegado envolvimento em esquemas de fraude e lavagem de dinheiro, avança a imprensa nternacional.

De acordo com a informação veiculada, o dinheiro foi "lavado" através de uma série de aquisições e vendas fictícias de serviços telefónicos internacionais, no valor de mais de dois mil milhões de euros, que terá tido lugar entre 2003 e 2006.

Segundo a Reuters, no âmbito do processo foram emitidos mandados contra 56 suspeitos - entre os quais se inclui também o actual director executivo da Fastweb, dois gestores da empresa e o senador Nicola Paolo Di Girolamo, membro do partido do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi. As investigações decorrem no país e no estrangeiro, com países como o Reino Unido, Suíça e Panamá na lista.

A Fastweb, fundada em 1999 por Sílvio Scaglia é actualmente detida maioritariamente pela Swisscom, uma transacção que transformou o empresário num dos mais ricos de Itália. Também criou a Babelgum (televisão baseada na Web) e trabalhou como presidente executivo da Omnitel, actual Vodafone Itália. É conhecido como "o mago".



Embora o seu paradeiro seja desconhecido, o milionário já fez saber, por via do seu advogado, que nega as acusações que lhe são imputadas.



Nota de Redacção: Foi corrigida a gralha que referia Silvio Berlusconi como presidente de Itália.