A NSA e a CIA duplicaram, nos últimos três anos, as pesquisas conduzidas sem mandato numa das maiores bases de dados norte-americana, onde são reunidas informações pessoais de cidadãos de todo o mundo, diz o mais recente relatório de transparência das agências de segurança.
De acordo com o documento, o número de pesquisas feitas a cidadãos americanos ascendeu a 4.672, mais do dobro das buscas feitas em 2013. Estas investigações foram levadas a cabo na base de dados 702, um sistema que reúne informações secretas e pessoais, recolhidas pela NSA sobre milhões de pessoas através de ações de espionagem realizadas nos últimos anos. O mesmo esquema que Edward Snowden pôs a descoberto em 2013.
Ao contrário do FBI, a NSA e a CIA não estão legalmente habilitadas a pesquisar livremente naquela base de dados. Para aceder ao sistema, estas agências precisam de obter mandatos. A prática, no entanto, mostra que o acesso sem autorização é comum, algo que tem sido várias vezes contestado e declarado "inconstitucional" por diversos senadores americanos.
Desde 2011 que o Congresso dos EUA exige uma estimativa de quantos cidadãos norte-americanos constam dos registos do programa 702, mas a agência ainda não endereçou uma resposta clara.
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