Se tem amor ao seu drone, não o faça voar sobre o Santuário de Fátima durante a visita do Papa Francisco nos próximos dias 12 e 13 de maio. Segundo apurou o Jornal de Notícias junto de fontes ligadas à segurança do sumo pontífice, a polícia portuguesa alugou meios adicionais que vão permitir o bloqueio das frequências rádio, essenciais à operação de quase todas estes aparelhos voadores. Na prática, aqueles que escolherem lançar os seus drones no ar, junto daquela zona, arriscam-se a vê-los cair.

Os meios que vão ser utilizados para interferir nas ondas de rádio vão ser usados em Portugal pela primeira vez. O valor total desta tecnologia ascende ao milhão de euros, mas as forças de segurança deverão optar por fazer o aluguer dos aparelhos junto de um Estado aliado.

Na zona de restrição aérea definida no santuário, só poderão voar os drones autorizados das polícias ou das forças armadas. Os privados autorizados vão ser obrigados a operar numa das frequências definidas pelo dispositivo de segurança.

A seleção desta técnica em detrimento dos radares de deteção deve-se ao facto destas aeronaves não exibirem uma envergadura suficientemente grande para serem apanhadas no sistema. Ao "leme" da operacionalização destes aparelhos de segurança, estará uma equipa pertencente à empresa que os vai alugar.

Telemóveis

Em casos de risco, o dispositivo de segurança estará também habilitado a barrar as telecomunicações por telefone. Caso seja identificada uma possível ameaça, todos os telefones serão remotamente silenciados.

Contactos via satélite

A polícia vai dispor de estações de satélite móveis para reforçar as comunicações com a Proteção Civil. A necessidade destes equipamentos dá-se depois de terem sido detetadas, na zona de Fátima, algumas fragilidades na rede do SIRESP, o sistema de comunicações comuns às forças policias e proteção civil.