O desmantelamento do parque de antenas situado perto de uma
escola, na cidade de Valladolid, em Espanha, efectuado por
ordem de um juiz por se suspeitar que as mesmas tivessem
contribuído para os cancros diagnosticados em quatro alunos
daquela instituição, vem reafirmar a necessidade de novos
estudos científicos que comprovem esta co-relação:
radiações/cancro.

A desconfiança dos pais dos alunos existe desde há muito, pois as
trinta antenas (incluindo de telemóveis) sedeadas a quarenta
metros do telhado da escola, num edifício próximo, tinham
causado alguma apreensão, graças à potencial influência das
ondas electromagnéticas na saúde das crianças. Entretanto,
devido ao aparecimento de quatro casos identificados de cancro,
aqueles educadores mobilizaram-se, criando uma associação que
exigia como medida cautelar o desmantelamento das antenas e
investigações mais rigorosas para averiguar esta alegada
correlação entre as ondas emitidas por estas instalações e as
doenças das crianças.

A passividade das autoridades, que alegavam não se poder provar
esta relação causa-efeito, levou a que os pais recorressem a um
juiz que decretou no dia 21 de Dezembro, o
fim de actividade das antenas e o seu desmantelamento, num
prazo de três meses. Contudo, o aparecimento de um novo caso de
cancro diagnosticado num outro aluno, apressou o processo e o
mesmo juiz ordenou que as antenas fossem imediatamente
desligadas.

Segundo notícia publicada na agência Lusa, os pais das 400 crianças que
frequentam esta escola exigiram também um novo estudo
epidemiológico pois o anterior realizado pelo Governo autónomo
com a intervenção de 12 técnicos (oito deles não médicos)
rejeitava a relação entre a doença e a emissão das ondas
electromagnéticas e recomendava apenas mecanismos de vigilância
para conhecer as causas deste elevado número de casos de
cancro naquele estabelecimento escolar.

Este incidente obrigou o Governo de Castela-Leão a tomar uma
atitude, comprometendo-se à realização de uma nova
investigação, seguindo as recomendações de organismos
internacionais. Quanto à Câmara Municipal daquela autarquia,
responsável pela escola, optou pela prudência, estando a
diligenciar colocar os 400 alunos daquela escola em outras
instalações até que existam novas conclusões acerca do
caso.

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