O número de subscritores dos serviços oferecidos pelas três operadoras de telecomunicações continua a aumentar, mas a tendência não se traduz da mesma forma no negócio da MEO, NOS e Vodafone, pelo menos assim demonstrararam os resultados para o trimestre entre abril e junho, entretanto divulgados.

Enquanto a NOS registou um crescimento homólogo do volume de negócios de 4,8%, para os 372,8 milhões de euros, na MEO as receitas baixaram 4,4% para os 567 milhões de euros. Já na Vodafone a comparação é quase “ela por ela” já que a quebra foi de apenas 0,3%, com a operadora a registar 235,7 milhões de euros de receita.

No que diz respeito aos lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) a tendência de melhoria é comum à NOS e à MEO. No primeiro caso subiu 7,3% para 148,7 milhões de euros, registando-se uma melhoria da margem EBITDA de 38,9% para 39,9%, e no segundo cresceu 22%, para 277,4 milhões e a margem EBITDA passou de 38,3% para 48,9%.

As três operadoras mostram-se satisfeitas com os resultados conseguidos em termos operacionais. No final de junho, a NOS tinha 644 mil clientes de pacotes de serviços ou serviços convergentes (que podem juntar televisão, fixo, móvel e internet), depois da angariação de 29,2 mil novos clientes no trimestre, representando cerca de 40,9% de um total de 1,574 milhões de subscritores dos serviços de televisão.

O número de subscritores no segmento móvel também continua a crescer (97,3 mil novos clientes), estando agora nos 4,27 milhões. Recorde-se que o número de subscritores do modelo pós-pago já ultrapassa o do modelo pré pago desde o primeiro trimestre de 2016, na NOS – 2,22 milhões versus 2,04.

Já a receita por utilizador (ARPU) segue tendência contrária e mantém a descida: em junho de 2015 estava nos 9,2 euros e agora situa-se nos 8,5 euros.

Os resultados operacionais da MEO seguem a mesma linha. A operadora que integra o grupo francês Altice terminou o segundo trimestre de 2016 com 1,243 milhões de clientes no fixo, dos quais 428 mil subscritores de fibra. Já nos pacotes com três, quatro ou cinco serviços a MEO consegue 392 mil clientes.

No segmento móvel, a operadora fechou o trimestre com 6,126 milhões de clientes, dos quais 2,726 milhões têm uma assinatura, tendo registado 14 mil novas adições. Como se pode deduzir pelos valores mencionados, a maioria dos clientes móveis (cerca de 3,4 milhões) ainda está no segmento pré-pago.

A receita média por cliente móvel na MEO fixou-se nos 6,8 euros, uma descida face aos 7,1 euros registado em período homólogo do ano passado.

Em termos operacionais, a Vodafone destaca o crescimento do serviço fixo cuja base de clientes ultrapassa agora o meio milhão (520,7 mil), valor que representa uma subida homóloga de 25,5%. Destes, 89,5% (466 mil) são clientes de banda larga.

No que diz respeito à rede de fibra de última geração, a operadora atingiu o marco de 2,46 milhões de casas e empresas cobertas com FTTH.

Informa ainda que, no último trimestre, o número de clientes 4G disparou 144%, para os 914 mil, enquanto a taxa de penetração de smartphones atingiu 69% da base de clientes.