O lançamento foi o pretexto para uma conversa com Jose Ferraz, senior Solution Strategist da CA Technologies que explicou a aposta da fabricante e falou do momento atual para as empresas portuguesas.

TeK: A CA lançou recentemente no mercado português uma nova solução de gestão de infraestruturas que promete melhorias de desempenho até 25 vezes e reduções de custos até 50%. Como estão as empresas a aderir a este tipo de produtos? As promessas são interessantes, mas a disponibilidade para investir é reduzida…

José Ferraz:
Sim, os orçamentos de IT, na maioria dos casos, não estão a registar crescimento ou estão inclusive a reduzir, o que representa uma menor capacidade de inovação, necessidade de fazer mais com os mesmos ou menos recursos. Mas, por outro lado, a exigência das empresas para fazer mais, melhor e coisas novas, está a aumentar diariamente, pelo que a única saída passa pelas empresas encontrarem formas para melhorar a sua eficiência interna e transformar a forma como trabalham hoje em dia.

A nova solução CA Infrastructure Management é um bom exemplo disso mesmo, assim como outras soluções do nosso portfólio, dado que possui um interface de agregação eficiente e comum para todas as disciplinas de gestão, como disponibilidade, performance, fluxo de rede e capacidade, permitindo o diagnóstico dos problemas, e a consequente resolução, que pode ser até 25 vezes mais rápida.

Pode também reduzir os custos em 50%, pois necessita de menos recursos para gerir e manter a solução, de menos infraestrutura de suporte, logo de menos espaço no Datacenter e menor consumo de energia.

Isto pode definitivamente libertar recursos que podem ser aplicados em inovação e noutras necessidades da empresa, como a melhoria da eficácia, e tornar real a capacidade de conseguir fazer mais com o mesmo, ou até com menos.




TeK: A gestão de infraestrututras tem hoje que peso no orçamento TI das empresas e que aspetos são mais relevantes nesse custo?

José Ferraz:
Os CIOs estão a tornar-se CEOs, ou seja Chief Experience Officers, à medida que a experiência do cliente se torna numa arma cada vez mais poderosa no mundo atual, que está cada vez mais competitivo. Espera-se que os CIOs ajudem a capturar novos clientes, que tenham contacto com estes, e que mantenham os mesmos ao fornecer serviços que respondam às suas necessidades. Mas as expectativas atuais não são nada do que já tenhamos visto. O crescimento de dispositivos móveis, Big Data, aplicações web e a cloud apresentaram uma exigência maior da parte do clientes, ao mesmo tempo que adicionaram complexidade ao ambiente TI que fornece os serviços que os utilizadores finais consomem.

Para responder a estas expectativas, a equipa de TI tem de gerir a complexidade da infraestrutura, identificar e agir sobre qualquer potencial impacto num serviço TI antes que este se torne um problema empresarial.



TeK: Isso exige um esforço adicional dos profissionais de TI?

José Ferraz:
Sim. Os profissionais de TI empresariais e fornecedores de serviço têm de ter uma visibilidade constante das suas complexas infraestruturas para que possam tomar decisões mais informadas em tempo real.

Há três bons exemplos: empresas que têm de gerir o rápido crescimento da complexidade do BYOD (Bring Your Own Device), do vídeo e das aplicações em infraestruturas muito virtualizadas-sem terem de adicionar recursos, é um desses exemplos.

Fornecedores de Serviços de Comunicação que têm de acelerar o roll out de redes 4G serão outro e, finalmente os fornecedores de Managed Services que tenham necessidades de criar novas fontes de receita e abraçar novos clientes de forma mais rápida.

Como tal, não há dúvidas de que a gestão de infraestruturas tem uma grande importância, mas hoje em dia a questão prende-se toda com o ROI (Return on Investment). A nossa solução tem a versatilidade e modularidade para se adaptar, mantendo um bom equilíbrio entre a necessidade real da organização, por um lado, e o que a solução tem para oferecer, com o objetivo de obter o melhor ROI, por outro.



TeK: O investimento em tecnologia no mercado português tem contraído muito este ano? A situação em Portugal e Espanha é idêntica ou há diferenças?

José Ferraz:
Atualmente, todos os clientes estão a tentar procurar fórmulas de investimento que possam acomodar os seus limitados orçamentos de TI. A oferta da CA Technologies, como a solução CA Infrastructure Management, está a ajudar os clientes a aumentar a produtividade das suas infraestruturas e equipas de TI, a reduzir custos e a desenvolver inovações que tragam novas fontes de receitas.




TeK: Ainda sobre a vossa nova oferta nesta área da gestão de infraestruturas, o que a distingue das propostas da?concorrência na mesma área?

José Ferraz:
O CA Infrastructure Management oferece vários diferenciadores cruciais, como por exemplo o facto de garantir que, a partir de um único interface de utilizador, os clientes podem aceder a informações sobre performance, disponibilidade, fluxo e capacidade de resposta das aplicações para todas as tecnologias Layer 2 e 3 através de técnicas de recolha SNMP e não-SNMP. Os dashboards específicos para a tecnologia pré-definidos libertam os colaboradores de terem de extrair e correlacionar os dados das diferentes ferramentas de forma manual. As APIs dos serviços Web permitem uma fácil integração da CA Technologies ou de produtos de terceiros. Os workflows, com assistentes de utilização, ajudam a auto-certificar que novos dispositivos estão prontos para monitorização dentro de minutos.

A nossa solução assegura ainda uma visualização inteligente desenhada para acelerar uma triagem e reparação proactiva de forma significativamente mais rápida que as aproximações anteriores à gestão de infraestruturas.

Destaque ainda para a arquitetura, que suporta crescimentos dinâmicos e ambientes massivos, e para o custo total de propriedade mais baixo - o CA IM usa hosts económicos e sistema operativo Linux.



TeK: Até final do ano a CA planeia lançar outras novidades no mercado?português?

José Ferraz:
Estamos a melhorar e a alargar constantemente o nosso portfolio. Acabámos de anunciar novas versões do CA IT Asset Manager, que dá às empresas de TI uma visão detalhada dos direitos e das utilizações de licenças de software para assim ajudar a mitigar riscos de auditorias e reduzir gastos excessivos, do CA Service Desk Manager, que inclui várias melhorias a nível da produtividade e reduzem o risco de mudanças, e fizemos melhorias às nossas soluções CA Clarity™ Project and Portfolio Management (PPM).

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira