A linha Omen da HP procura oferecer os melhores componentes e computadores para gaming, com propostas que passam pelo conforto das suas cadeiras Citadel, periféricos e portáteis com hardware topo de gama, introduzindo funcionalidades únicas que justifiquem um preço que nem sempre é acessível.

O “kit de gaming” que a Omen enviou para teste era composto por um teclado sem fios, o Omen Spacer, que desde logo se destacou por ser compacto e estupidamente confortável, muito graças à sua almofada magnética para os pulsos . No conjunto estava ainda o rato Omen Vector, salientando-se a sua autonomia prolongada, e aquele que prometia ser a joia do conjunto, os auscultadores Omen MindFrame Prime, um sistema 7.1 com sistema de refrigeração. É de tal forma "fresco" que é capaz de criar condensação no interior da sua própria concha.

Conheça assim os três produtos em detalhe, com os respetivos pontos positivos e negativos registados durante o tempo que o SAPO TEK teve em teste.

Omen Mindframe Prime tem refrigeração ativa mas pesa na cabeça - preço

O primeiro contacto com os auscultadores Omen Mindframe Prime é de respeito, um sistema robusto, sólido e de aspeto duradouro. A HP apostou num periférico resistente, construído para longas sessões de jogo, mas para manter o jogador bem sentado no seu lugar, porque se trata de uma proposta exclusiva por fio, com uma ligação USB-A. Mas ao mesmo tempo, quando se pega neste Mindframe fica-se com a sensação de que são pesados, confirmação quando se coloca o equipamento nos ouvidos. São realmente mais pesados do que outras propostas no mercado, e essa diferença vai se notar ainda mais quando utiliza outros headsets e tem a possibilidade de fazer a comparação direta.

Veja na galeria imagens dos periféricos:

Além de pesado, há um misto de sensações no que diz respeito ao conforto. São sem dúvida confortáveis, as suas almofadas esponjosas são bastante suaves e a concha do headset cobre por completo as orelhas, sem deixar marcas. O problema está mesmo na força que o periférico exerce, pressionando firmemente a cabeça, causando um desconforto que requer adaptação. Foram precisos dias para ultrapassar esta estranha sensação, que me fez lembrar sempre que que tinha um headset a pressionar a cabeça. Este contém uma banda de borracha elástica que se adapta bem à cabeça e evita o contacto direto com o aro exterior que une as conchas.

Mas parte do seu conforto, durante uma utilização por longas horas, tem a ver com a tecnologia de refrigeração ativa que o Mindframe Prime oferece. Inicialmente estranhei não ficar suado na zona das orelhas depois de o usar intensamente, a jogar ou a ver conteúdos multimédia. E isso deve-se ao sistema que mantém as placas interiores sempre geladas. Não vai sentir uma brisa a assoprar no ouvido, mas se colocar os dedos no interior vai sentir uma placa “gelada”. Esse sistema impede que o aquecimento passe para o interior das conchas e para os ouvidos. Cheguei mesmo a tocar na placa e verificar um pouco de humidade devido à sua condensação.

E isso até contradiz o aquecimento na parte exterior, quando se passa o dedo na zona do LED, sempre morno, devido ao dissipador do calor interno. A HP apostou num LED minimalista, com um quadrado azul de iluminação agradável.

No geral, no seu design, o headset é muito bonito, certamente que vai fazer furor durante as livestreams. Tem um microfone que pode ser encolhido na vertical quando não está em uso, colocando-o automaticamente em mute. Na sua ponta tem um LED vermelho que mostra o seu estado. Mas ao mesmo tempo o headset é minimalista, sem botões de comandos, limitando-se ao regulador de volume físico, através de uma roda. O seu posicionamento não é intuitivo de encontrar, precisa de retirar o headset da cabeça nas primeiras vezes de uso até decorar instintivamente o seu lugar.

Omen Mindframe Prime
O headset tem refrigeração ativa para manter os ouvidos refrescados.

A decisão minimalista de controlos físicos diz mesmo respeito ao sistema de refrigeração. Este tem três níveis de refrigeração, mas apenas podem ser regulados por software, ou seja, é necessário instalar a sua aplicação Omen Command Center (agora conhecido como Omen Gaming HUB) para ajustar. E caso queira desligar o sistema, também terá de ser na aplicação.

Mas e aquilo que importa, a qualidade do som? Esta proposta da Omen demonstra que nem todos os equipamentos com tecnologia inovadora são os que oferecem o melhor som. Em comparação com outros auscultadores ligados por USB deixa muito a desejar na sua qualidade. O som é abafado, mudando por completo toda a experiência que tenha com um outro auscultador. E isso nota-se não apenas nos jogos, mas nas vozes e no som quando se edita vídeo. Fica-se com a impressão de que as definições do som foram totalmente alteradas. Pode tentar compensar na aplicação, mexendo no mixer dos sons, para equilibrar os agudos e graves, mas para o utilizador comum, que quer colocar o headset na cabeça e ter um bom som de imediato, vai ficar desiludido.

Depois de vários dias de utilização, acabamos por nos habituar ao seu som, até porque o headset tem um excelente cancelamento de ruído externo (ajudado pelos microfones ativos) e o seu sistema de som virtual 7.1 permite-nos sentir bem a direção dos sons, sobretudo em títulos de ação. Mas ao voltarmos a colocar outro headset na cabeça é que chegamos à conclusão de que algo não soa muito bem com este Omen Mindframe Prime.

Atualmente o Omen Mindframe Prime custa cerca de 200 euros.

Teclado Omen Spacer oferece um conforto inesquecível

Se perguntar a um hardcore gamer quais são as principais características de um teclado, provavelmente vai ouvir que os LEDs psicadélicos, a quantidade de botões e o seu tamanho, assim como o peso sobressaem-se. E de facto essa é a norma do mercado. Mas a principal característica de um teclado para gaming tem de ser o conforto e a HP sabe isso muito bem.

O Omen Spacer é, provavelmente, um dos melhores teclados que testei nos últimos tempos. E a palavra a reter é conforto, sentir os pulsos “massajados” com a sua almofada destacável. A HP apostou num teclado compacto, bem pequeno em relação a outras propostas, pois retirou-lhe o teclado numérico, que raramente faz falta quando jogamos.

Ao ser mais pequeno, isso não significa que seja muito leve, pelo contrário, fixa-se bem na mesa a sua placa de metal. E inicialmente estranhamos porque não tem pés para o inclinar, mantendo-se sempre raso na mesa. Mas isso é compensado pela sua almofada magnética que encaixa no contacto com o teclado. A almofada acrescenta cerca de metade da área do próprio teclado, o que significa que os pulsos estão sempre confortáveis seja a escrever ou a jogar.

Omen Spacer
O teclado tem uma almofada magnética para o descanso dos pulsos.

Essa opção de manter a almofada à parte é excelente em termos de portabilidade, até porque o teclado é wireless, pelo que pode descartar o cabo quando não necessita de o carregar. O único contra durante o teste é que quando a bateria acaba não recebi qualquer aviso, o teclado não tem qualquer indicador do estado de autonomia. Ainda assim, com a carga que veio de origem, sem ter de o carregar, durou quase uma semana de utilização diária.

Quando não está a ser utilizado, o teclado entra em repouso, poupando a bateria. E não senti qualquer problema de latência, fosse a jogar ou sobretudo, a escrever, graças à sua ligação 2,4 GHz com o seu dongle USB ligado ao PC. Aliás, a HP é exímia no que diz respeito a conforto nos teclados dos seus portáteis e esta proposta mecânica não fica atrás. As teclas são grandes e espaçosas, levantadas da sua base o suficiente para espreitar por baixo. A grande vantagem é que pode facilmente assoprar o pó ou cotão acumulado, e sobretudo, escorrer água no caso de incidentes, sem que este entre para o seu circuito interior. E mesmo os jogos como os MMOs que necessitam de várias teclas premidas em simultâneo, o seu sistema anti-ghosting garante que não haja incidentes.

No que diz respeito à iluminação, mais uma vez bastante discreto. O teclado tem algumas configurações predefinidas de luz, em três intensidades diferentes e é bastante luminoso, ideal para jogar no escuro. As teclas de cursor e o WASD são vermelhas, para ajudar os jogadores a encontrarem rapidamente a sua posição.

De um modo geral, este é um excelente teclado para os gamers, mas igualmente bom em tarefas do dia a dia, como escrever. A HP continua a construir teclados confortáveis de utilizar, e neste caso, oferece simplicidade e uma estética muito agradável.

O teclado Omen Spacer custa cerca de 200 euros. Talvez um dos melhores investimentos que possa fazer num teclado.

Rato Omen Vector é ergonómico e confortável

Não existe muito a inventar num periférico como um rato, mas é possível moldá-lo para se tornar cada vez mais confortável. Foi o que a HP fez com o seu Omen Vector, um rato para gaming sem fios, que se destaca pelo seu design simples e funcional. O periférico é leve, oferecendo uma zona do polegar “cavada” no rato para um encaixe perfeito do dedo. Esta zona está coberta por uma capa com borracha com uma textura rugosa, para que o dedo não escorre nos momentos decisivos, e sobretudo para os dois botões laterais colocados a jeito. No lado direito temos uma borracha semelhante, tornando o rato agradável ao toque quando se agarra nele.

O rato utiliza um dongle USB para funcionar sem fios via Bluetooth, e durante o teste não notei qualquer latência ou falha de utilização. Apesar do fio ser USB-A, na caixa encontra-se um adaptador USB-C, caso seja necessário optar por esta ligação.

Omen Vector
O rato Omen Vector pode ser ligado sem fios através de um dongle USB.

A HP promete uma autonomia de 180 horas de utilização com uma carga, mas provavelmente nunca se vai aperceber, porque basta um “encosto” de ligação do seu cabo para ter energia instantânea. Diz a marca que com 30 segundos de carga, o rato vai trabalhar durante uma hora, o que pode ser muito útil em situações de emergência e que não dê jeito manter a porta USB ocupada pelo periférico.

O botão superior permite definir a velocidade de resposta do ponteiro, entre os 100 e 16.000 DPI. Mas a sua roda é bastante precisa, sendo coberta por uma camada de borracha confortável, melhorando a experiência de scroll. É muito sensível nos momentos em que queremos fazer um zoom a um inimigo distância, sem tremer a mira.

Tal como os restantes periféricos, poderá personalizar as cores RGB do mesmo, salientando que tanto o logotipo como a roda são os pontos iluminados, tornando-o discreto, se assim o entender. Mas de realce as suas linhas gerais simples e sóbrias, ainda assim agradáveis.

O Omen Vector custa cerca de 98 euros.

Todos os preços assinalados são os de lançamento, mas devido à época dos descontos em torno do Black Friday e Cyber Monday poderá encontra-los por um valor mais acessível.