Foi perto das 14h20 de Portugal Continental que começou a contagem decrescente para o lançamento do Falcon 9 que levava os primeiros satélites do projeto Starlink a bordo. O "envio" aconteceu sem percalços.

Inicialmente o lançamento do Falcon 9 esteve previsto para dia 17 de fevereiro, sábado, tendo sido adiado depois para dia 19 e depois, novamente para dia 21 de fevereiro. Ontem também acabou por não se realizar, devido a condições atmosféricas adversas. Ficou para esta quinta-feira, em que tudo correu pelo melhor.

O projeto de "espalhar internet pelo Mundo" com serviços de baixo custo é desenvolvido leva o nome de Starlink e teve origem ainda antes de Elon Musk conseguir os principais sucessos com a SpaceX. O empresário testou vários conceitos, incluindo a possibilidade de desenvolver uma empresa de satélites com Greg Wyler, e fixou o plano numa rede de cerca de 12 mil micro satélites, com uma cobertura global.

A iniciativa foi pouco divulgada, mas no final do ano passado a FCC, organismo responsável pela regulação do sector das comunicações nos Estados Unidos, deu à SpaceX autorização para transportar dois satélites, o Microsat-2A e Microsat-2B, que seriam os primeiros testers desta nova rede de internet.

Ou será melhor chamar os satélites pelo "nome de batismo", "Tintin A & B, que foram entregues e estão a comunicar com as estações da Terra", garantiu Elon Musk.

De qualquer forma, a "carga principal" do Falcon 9 era o satélite de radar espanhol PAZ - que deu o nome à missão. Mas tudo indica que a carga secundária poderá vir a ser mais relevante.

Nesta missão com duplo objetivo só faltou cumprir um terceiro: em estreia, recuperar a cápsula de transporte. Depois dos propulsores, a SpaceX está agora a tentar a recuperação destes elementos, como mais um objetivo para baixar o custo dos lançamentos espaciais.

Ainda não foi desta que a intenção se cumpriu. Mas por poucos metros, segundo Elon Musk.

Nota de redação: Artigo atualizado com as ligações para os tweets de Elon Musk.