Os resultados podem ser consultados a partir da meia noite no site da Direção Geral de Ensino Superior, mas os alunos já terão recebido por email a indicação de que foram, ou não, colocados.

Este concurso teve um número recorde de candidatos à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, e por isso mesmo o Governo aprovou um aumento excecional de vagas disponíveis, em conjunto com as instituições do Ensino Superior, o que resultou em mais 3.080 lugares para um total de 56.043 vagas nas universidades e politécnicos.

Segundo os dados, foram já colocados na 1ª fase do  Concurso Nacional de Acesso 49.452 novos estudantes, o que corresponde ao segundo maior número de colocados nos últimos 30 anos, adianta o ministério. Aferindo a qualidade das candidaturas, 82% desses estudantes ficaram colocados numa das suas três primeiras opções de candidatura.

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"É previsto que mais de 100 mil novos estudantes ingressem no ensino superior em 2021-2022, incluindo as diversas formas de ingresso no ensino superior público e privado", refere ainda a mesma fonte.

Mais alunos em cursos de maior índice de excelência

No reforço das vagas que foi realizado este ano, a Universidade do Porto e a Universidade de Lisboa foram as que mais reforçaram o número de vagas, com mais 414 e 368, respetivamente, passando assim a disponibilizar  4.820 e 7.672 vagas. Seguiram-se o Instituto Politécnico do Porto, com mais 287 vagas e a Universidade do Algarve, com mais 250 vagas do que inicialmente previsto.

Houve também uma preocupação com o reforço dos cursos com maior concentração de melhores alunos, e o ministério indica agora que estão já colocados 4.893 novos estudantes nos ciclos de estudo com maior concentração de melhores alunos, ou sejam nos cursos com maior índice de excelência dos candidatos), aumentando cerca de 7% face ao ano anterior.

As áreas de competências digitais também cresceram, com um aumento de 20% face a 2015, contabilizando-se 21.401 estudantes colocados nas áreas STEAM - Ciências, Tecnologias, Engenharia, Artes e Matemática.

Destaca-se ainda a colocação de 1.555 estudantes em cursos de medicina, representando um aumento de apenas 7 colocados face ao ano anterior e 44 colocados face a 2019, e o crescimento do número de colocados em instituições localizadas em regiões com menor densidade demográfica, que sobe para 12.318 estudantes, com diversas instituições do interior a aumentar o número de colocados face ao ano anterior, entre as quais a Universidade de Évora, o Instituto Politécnicos de Beja, Instituto de Portalegre, assim como os politécnicos de Bragança, Guarda, Santarém, Viseu e Tomar.

28 cursos com notas acima de 18 valores

As médias de entrada, referentes ao último aluno colocado, continuam a crescer e destacam-se nos cursos mais procurados. No top estão 28 cursos com médias acima dos 18 valores, mas no primeiro lugar está Engenharia Aeroespacial no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa, com 19,05 valores, seguindo-se Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto, com 19,03. São as duas médias mais altas nesta primeira fase, seguidas de perto por Engenharia Física Tecnológica, também no Instituto Superior Técnico.

Ensino Superior: 1ª fase do concurso
Melhores médias créditos: DGES

Do outro lado da tabela há mais de 50 cursos que não tiveram qualquer candidatura para as vagas disponibilizadas, mas também a lista das piores médias, com valores abaixo de 10. A pior média do último colocado é de 95 pontos em quatro instituições de ensino superior.

Ensino Superior: 1ª fase do concurso
Piores médias créditos: DGES

A modalidade de ensino profissional é também uma das que mais cresceu nos últimos anos. Em 2010/11 concluíram o ciclo 22.436 alunos e em 2019/2020 esse número foi de 27.205. Mas o destino dos alunos é bastante diferente quanto à continuação dos estudos para o ensino superior, seja em universidades ou politécnicos.

Ensino professional cresce mas só 19% se mantêm no ensino superior

Os cursos da área científico humanística são os que continuam a garantir uma maior continuidade no ensino superior, com 80% dos alunos que concluem o ensino secundário a manterem-se no ensino superior no ano seguinte, enquanto que dos alunos que concluem o ensino profissional só 19% continuam a estudar.

"A quase totalidade dos diplomados na modalidade científico-humanístico que ingressa no ensino superior frequenta licenciaturas e mestrados integrados ao passo que os estudantes provenientes do ensino profissional frequentam maioritariamente cursos técnicos superiores profissionais", explica ainda o comunicado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

2ª fase começa já a 27 de setembro

Os alunos que não conseguiram colocação nesta fase, assim como os que não tinham condições de concorrer à primeira fase, podem agora candidatar-se à 2ª fase do concurso de acesso ao ensino superior, que começa segunda feira, 27 de setembro, e se estende até 8 de outubro.

Aqui ficam disponíveis as mais de 6 mil vagas não ocupadas na primeira fase, mas também outras vagas de alunos que não concretizem a matricula e inscrição. Esse número será conhecido a 7 de outubro.

Os resultados desta segunda fase são divulgados a 14 de outubro.

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