Acabadas de lançar, com funcionalidades acrescentadas ou com opções quase quase a chegarem, no conjunto de aplicações Android e iOS que lhe propomos vai encontrar propostas que respondem a várias necessidades, do entretenimento às questões mais práticas do dia a dia. Doméstico e não só..

Seek é o "Shazam" para os amantes da Natureza

Aponte o seu smartphone para uma planta ou animal e obtenha informações instantâneas. Está tudo na app iNaturalist e pode transformar este interesse num jogo.

Provavelmente já utilizou a aplicação Shazam para descobrir rapidamente o nome daquela música que está a tocar na rádio ou num bar. Imagine o mesmo conceito aplicado a temas da natureza, não no reconhecimento do som, mas sim de imagem. Seek é uma aplicação produzida pela iNaturalist e disponível nos dispositivos iOS que explora a tecnologia de reconhecimento para ajudá-lo a identificar plantas ou animais através das suas fotografias.

O conceito da aplicação não só é informativo e didático, como divertido, já que funciona também como uma espécie de jogo, encorajando os utilizadores a passear e explorar a natureza para aprender mais sobre plantas, cogumelos e animais. Tudo o que tem a fazer é fotografar e deixar a aplicação interpretar a imagem, devolvendo informação.

Por outro lado, pode aceitar os desafios propostos pela app, capturando os elementos pedidos e acumular medalhas pelos objetivos conquistados. Imagine o fenómeno Pokémon GO, aplicado a assuntos do meio ambiente. Entre insetos, pássaros, anfíbios e um vasto catálogo de flores, cogumelos e plantas, a base de dados do Seek cruza a informação com as fotos submetidas, mostrando-as em mapas e tabelas organizadas para saber o que existe ao seu redor.

A empresa refere que quantos mais utilizadores participarem nas atividades de Seek, mais os algoritmos são alimentados com informações, enriquecendo a base de dados. Para já, a aplicação reconhece 30 mil espécies, mas o site da iNaturalist regista cerca de 150 mil elementos da Natureza. E tudo graças à sua comunidade em crescimento, que alimenta a lista das descobertas, não só através de um registo no site oficial, como também através das aplicações em versões iOS e Android.

Google Arts & Culture tem o mundo da arte à distância de um clique. E também as obras em risco

A Google fez uma parceria com a CyArk, uma ONG que criou um arquivo digital 3D das maravilhas do mundo em risco, e agora está tudo incluído na app Google Arts & Culture.

A tecnologia pode ajudar a preservar as obas de arte com uma qualidade que até agora era inédita, guardando registos e imagens que facilmente chegam a milhões de pessoas através dos seus computadores e dos telemóveis e que as mantêm vivas para sempre.

A ideia está por detrás do desenvolvimento do projeto do Google Arts & Culture que pretende dar acesso a todos às coleções de centenas de museus, mas que também está agora mais ligado a iniciativas de preservação das obras com a parceria estabelecida com a CyArk, que criou o arquivo digital 3D mais detalhado das maravilhas do mundo em risco — um registo duradouro de monumentos em risco de desaparecerem.

O projeto foi desenvolvido por Ben Kacyra que decidiu avançar com a ideia quando viu como os Taliban destruíram em 2001 as estátuas budistas com 1500 anos em Bamiyan, no Afeganistão. Na verdade há muito mais monumentos em risco, e não apenas devido a guerras, mas também por desastres naturais, a pressão do turismo ou o crescimento das cidades.

Através do  Google Arts & Culture agora também esta parte da história pode ser massificada, com a garantia de acesso a imagens e "visitas" em 3D no computador ou em telefones iOS ou Android. É grátis e há muito para descobrir.

Tem “pontas soltas” lá por casa? A Wegho promete simplificar-lhe a vida

Limpeza, jardinagem, canalização, manutenções, pinturas em casa e até um personal trainer estão apenas à distância de um toque, com esta app “made in” Portugal.

Da responsabilidade de uma startup com o mesmo nome incubada no UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, a Wegho é uma plataforma que pretende juntar toda a gestão doméstica num só local.

Para utilizar a app ou o site é necessário escolher o serviço que pretende e agendar a data. Através da rede prestadores de serviços – empresas e profissionais independentes – a Wegho apresenta a pessoa mais adequada para realizar a tarefa no horário pretendido e no local escolhido.

Em menos de um ano, a plataforma conta com cerca de 1.000 utilizadores inscritos e mais de 2.500 serviços realizados. A rede de prestadores de serviços já ultrapassa os 60 profissionais, referem os seu responsáveis numa nota enviada à imprensa.

Acrescenta-se que a Wegho já recebeu uma ronda de investimento que vai permitir alargar a escala a nível nacional. Um dos objetivos da startup é a internacionalização e a tecnologia já está a ser preparada para chegar além-fronteiras.

PowerUpp traz-lhe a verdade nua e crua do mercado de trabalho

Fazer concorrência ao LinkedIn e garantir a veracidade da informação ao não permitir  a troca de likes ou recomendações que não correspondam às verdadeiras são os pontos que diferenciam a aplicação portuguesa.

“O LinkedIn é uma feira de vaidades”, afirma Ricardo Paiágua, fundador da app e da startup que a desenvolveu, a uppOut, e para quem a “facilidade de obter endorsements faz com que os perfis das pessoas acabem por ser pouco relevantes para quem está à procura de talento”.

E foi isso que levou ao desenvolvimento da PowerUpp, cujo algoritmo é feito de forma a que qualquer utilizador possa recomendar um perfil, mas que impeça de se saber quem o fez, de forma a garantir que as competências “e mais-valias de cada pessoa sejam realmente validadas pelo mercado e pela sua rede de contactos e colegas“.

Os utilizadores só têm que escolher uma foto de perfil, definir três principais main skills, soft skills e valores, convidar amigos e colegas e, com um simples “sim” ou “não”, avaliar as caraterísticas dos seus contatos.

Como as notas são anónimas, não existe qualquer pressão da reciprocidade, mas o “sim” de um chefe nas valências do utilizador vale mais pontos e impacta positivamente a credibilidade deste perfil digital.

Depois, o algoritmo faz o resto e escolhe as pessoas mais qualificadas em todos os setores de atividade.

A aplicação está disponível para os sistemas iOS e Android.

Xadrez holográfico de Star Wars chegou ao iPhone pelas portas da realidade aumentada

Com a ajuda do ARKit, o Dejarik foi transportado para a loja de aplicações da Apple, na forma de uma app gratuita que pode ser jogada em iPhone e iPad.

Se é fã de Star Wars, certamente que já ouviu falar de Dejarik, o xadrez holográfico que surge em vários episódios da saga, e que já figurou em inúmeros videojogos pertencentes ao mesmo universo. A magia deste jogo de tabuleiro vai, no entanto, saltar para o domínio da realidade aumentada.

Com a ajuda do ARKit, o Dejarik foi transportado para a loja de aplicações da Apple, na forma de uma app gratuita que pode ser jogada em iPhone e iPad. O jogo é uma atualização a Star Wars: Jedi Challenges, que já continha uma versão deste jogo, mas requeria a aquisição de peças físicas para reproduzir o tabuleiro e as peças.

Para interagir com o tabuleiro, terá de apontar o seu smartphone em várias direções, de forma a selecionar os elementos certos. Os comandos vão surgindo no display à medida que o jogo decorre.

A app está disponível para iOS através deste link.

Criativos e utilizadores do Snapchat já podem criar os seus próprios filtros de rosto

As ferramentas de edição permitem criar máscaras simples em cinco minutos, ou verdadeiras obras complexas, com elementos tridimensionais.

O Snapchat está a expandir o seu kit de desenvolvimento com novas funcionalidades, que vão permitir aos utilizadores e criadores que construam as suas próprias versões dos filtros faciais que a aplicação popularizou. O processo criativo fica a cargo do autor, mas o técnico vai ser facilitado graças a um conjunto de templates pensado para agilizar os processos de criação. Alguns dos exemplos incluem bonés em branco, para decorar, um catálogo de instrumentos de maquilhagem virtual, para criar looks específicos, e ferramentas que o vão ajudar a transportar objetos tridimensionais para a aplicação.

Esta não é a primeira funcionalidade de criação comunitária que a aplicação introduz. Com o lançamento das "world lenses", que permite a criação de elementos em realidade aumentada, a empresa assistiu a um aumento no envolvimento com os seus utilizadores. A tendência traduziu-se em mais de 30 mil lentes produzidas só durante os primeiros dois meses seguintes à estreia dessa opção.

tek snap mascaras
tek snap mascaras

"Ficámos muito impressionados com a participação [...] e a criatividade a que tudo isto deu aso", disse Eitan Pilipski, responsável pelas funcionalidades da câmara do Snapchat e dos Spectacles, em entrevista ao The Verge.

De acordo com os primeiros utilizadores, é possível criar máscaras digitais simples em cerca de cinco minutos, tal como é possível mergulhar a fundo na aplicação, de forma criar verdadeiras obras de arte. Depois de criada e carregada no Snapchat, a app gera um código e link que, quando clicados, disponibilizam a criação na sua aplicação durante 24 horas. O Snapcode, claro, pode ser enviado para os seus contactos, para que eles também possam utilizar o seu filtro. A Snap adianta que o código tem uma validade de 365 dias.

Os melhores e mais populares trabalhos serão destacados semanalmente no Snapchat através de stories feitas pela própria empresa. Os filtros que surgirem nestes espaços podem ser diretamente desbloqueados por todos os utilizadores.

Com esta nova funcionalidade vai estrear também o Official Creator Program, que servirá para premiar os criadores destacados.

A app Snapchat está disponível gratuitamente para iOS e Android.

Android vai receber ferramenta de “chat” integrada na sua aplicação Messages

A Google quer concorrer com o iMessage dos sistemas iOS, remodelando a sua aplicação Android Messages com integração do sistema Chat.

A Google pretende introduzir um novo sistema de mensagens instantâneas de raiz no sistema operativo Android. Chama-se Chat e vai ser integrado na sua aplicação Android Messages, sistema que a tecnológica tem vindo a tentar melhorar há anos, mas perdido terreno para o seu concorrente iMessage incluído nos dispositivos iOS. O novo sistema pretende fundir o envio de mensagens SMS, MMS e RCS (Rich Communication Services), um sistema universal com opções avançadas na comunicação escrita entre smartphones.

O facto dos sistemas Android ainda não terem um sistema simples e integrado como o iMessage, leva os utilizadores a dispersarem-se nas diversas soluções de comunicação, tais como o WhatsApp e Messaging do Facebook. Uma das novidades introduzidas pelo Chat é o envio das mensagens através de dados, invés de gastar SMS do seu plano de comunicações.

Tal como o iMessage, quando um utilizador envia uma mensagem, se o destinatário tiver um dispositivo compatível com RCS, recebe a mesma com todas as opções e formatações (gifs, stickers, interações, etc.), mas caso contrário, receberá apenas uma mensagem SMS com o texto.

Segundo adianta o Verge, esta mudança de estratégia levou a Google a meter em pausa o trabalho na aplicação Allo, também focada na comunicação por messaging, alocando os seus engenheiros para a introdução do Chat no Android Messages. A Google refere que está a trabalhar no suporte aos sistemas de mensagens RCS há alguns anos, mas para o Chat funcionar, terá de ter o suporte das operadoras de comunicações. Para já a telefónica americana Sprint já está pronta para receber dispositivos Android compatíveis, e a T-Mobile será para breve, faltando uma previsão da Verizon e AT&T para alavancar a tecnologia.

A Google refere ainda que o sistema Chat não será encriptado, pois seguirá as mesmas regras legais aplicados aos SMS, significando que não será tão seguro como o iMessage, segundo o Verge.

Parkio: Já se pode reservar o lugar de estacionamento sem sair de casa

A propósito da temática Smart Cities, já existem soluções atuais de eficiência nos parqueamentos para diminuir o tempo de espera e aumentar a taxa de ocupação dos espaços.

O estacionamento sempre foi, e continua a ser um problema fulcral das cidades, situação que tem mobilizado as empresas a encontrar soluções que permitam às pessoas livrarem-se dos congestionamentos gerados pela procura de um lugar.

Embora seja uma temática rapidamente associada às smart cities, já existem soluções que estão a ser implementadas nos parques de estacionamento convencionais, desde os espaços públicos, às grandes superfícies comerciais. No Portugal Smart Cities Summit estavam presentes empresas como a iParque e o Parkio, com tecnologias que pretendem resolver os problemas atuais de estacionamento.

No caso da Parkio, a sua aplicação pode ser associada a qualquer empresa que já ofereça espaços para estacionamento. Não está nos planos da empresa criar áreas para estacionar, mas sim formalizar parcerias com empresas, concessionários ou municípios para integrar a sua solução.

A empresa, que nasceu na Áustria, passou por uma incubadora na Irlanda onde esteve em desenvolvimento, até finalmente a sua sede ser instalada em Lisboa, desde setembro de 2017, motivada pelo prémio obtido no Lisbon Challenge.

“A Parkio é uma app para smartphones que permite ligar os condutores, em tempo real às disponibilidades de estacionamento à sua volta”, explicou Paulo Garrido, diretor de vendas da Parkio ao SAPO TEK, sendo o principal objetivo da aplicação evitar o desperdício de tempo. “Cada pessoa gasta em média 20 minutos à procura de um estacionamento, criando constrangimentos e eventuais acidentes. Cerca de 30% dos acidentes que ocorrem na cidade são causados por pessoas que estão à procura de estacionamento”, aponta o representante da Parkio em relação a algumas estatísticas ligadas ao tema.

O problema do congestionamento dos parques e a procura de lugar para estacionar aumenta também os níveis de poluição na cidade, que podem ser evitadas graças aos sistemas inteligentes de estacionamento.

A ideia geral do Parkio é um conceito próximo do AirBnB. Os clientes podem carregar dinheiro na App e descontar períodos, normalmente de uma hora, no seu saldo. “Funciona como uma espécie de Uber para os estacionamentos”, explicou Paulo Garrido, “muitas vezes existem lugares para estacionar fora do alcance visual das pessoas quando estão à procura de lugar que não conseguem identificar”. A app faz a união entre os lugares disponíveis no parque, sejam ou não visíveis ao condutor que necessita estacionar, de uma forma mais rápida.

Uma das características da aplicação é possibilidade dos condutores poderem reservar um espaço com antecedência ou prolongar uma sessão de estacionamento. Caso os clientes tenham uma ligação Wi-Fi podem interagir com as portadas dos estacionamentos, abrindo-os automaticamente. A Parkio pretende oferecer descontos aos seus clientes, sobretudo para empresas com frotas de veículos.

As empresas que desejarem oferecer este serviço vão integrar no seu próprio software o sistema da Parkio, de forma gratuita, e sem a necessidade de aplicar qualquer dispositivo ou adaptar fisicamente os parques de estacionamento – como é o caso da Via Verde. “Muitas vezes as empresas não têm ferramentas de gestão dos parques e nós oferecemo-las, para que aumentem as suas taxas de ocupação e obtenham um aumento de retorno”, explicou Paulo Garrido.

Para utilizar o Parkio deverá fazer o download da aplicação, em versões Android e iOS, criar uma conta e adicionar dinheiro ou associar um cartão de crédito à plataforma. Um sistema que deverá ser familiar aos utilizadores da Uber, por exemplo. À medida que vai utilizando o estacionamento, os valores serão debitados da conta.

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A empresa afirma que neste momento conta com cerca de 11 mil lugares disponíveis no seu serviço, maioritariamente em Lisboa, mas também no Porto, Guimarães e Braga. Este mês vão ser integrados mais 26 mil lugares de estacionamento. Questionada sobre se pretende explorar os espaços na rua, a empresa refere que é um processo mais complicado e moroso, porque implica negociar com entidades públicas, como a EMEL ou municípios, e cumprir com trâmites legais.

“Os municípios podem obter poupanças significantes ao nível operacional com a nossa solução, como a diminuição das emissões de bilhetes, reduzindo o custo no papel. As avarias também são superadas quando utilizam a nossa aplicação. A utilização das moedas nos parquímetros também é eliminada.”

Para que sistemas de parqueamentos inteligentes sejam adotados de forma massificada pelos municípios é necessário quebrar algumas barreiras burocráticas. Depois será lançado um concurso às empresas com este tipo de serviços para uma escolha de um parceiro. A Parkio não pretende operar em regime de exclusividade, apenas pede para estar presente como opção nas plataformas de estacionamento, referindo que no final do dia tem os argumentos necessários para depois convencer os clientes a utilizar o seu serviço.

Outra ideia da Parkio é disponibilizar o serviço às empresas de rent-a-car, para facilitar a visita dos turistas, por exemplo, que podem utilizar o sistema de navegação implementado na aplicação para serem conduzidos aos lugares disponíveis. “A empresa já tem algumas parcerias importantes com promotores de espetáculos, por exemplo, que garante aos seus clientes quando compram os bilhetes, um lugar para estacionar”, explica-nos Paulo Garrido o potencial do Parkio.