Um grupo de investigadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, e da Uppsala University, na Suécia, desenvolveram um novo tipo de fibra para tecidos que é capaz de “sentir” se está a ser esticada ou comprimida, dando feedback tátil ao utilizador.

A OmniFiber é composta por múltiplas camadas de fibras entrelaçadas, contendo um canal interior destinado à passagem de ar comprimido ou até de água. O sistema permite que as fibras, que estão também equipadas com sensores extensíveis, se comportem quase como um músculo artificial.

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Os investigadores explicam que as fibras desenvolvidas são finas e flexíveis o suficiente para serem cosidas, entrelaçadas ou tricotadas. Graças à sua dimensão e composição feita à base de materiais pouco dispendiosos, as fibras podem ser transformadas numa variedade de tecidos, sendo também compatível com a pele humana.

Ao contrário de outras experiências em matéria de criação de fibras musculares artificiais, a OmniFiber não precisa de calor para ser ativada. Para pôr a sua criação à prova, a equipa de especialistas desenvolveu uma vestimenta concebida especialmente para cantores, que os ajuda a controlar a sua respiração de uma melhor forma.

As peças feitas através de OmniFiber poderão ser também usadas por atletas para propósitos semelhantes, ou ainda para ajudar pessoas com determinadas condições, como COVID-19, ou pacientes de cirurgias a recuperar o seu padrão respiratório.

No futuro, a equipa ambiciona continuar a reduzir as dimensões de todo o sistema, de modo a torna-lo o mais discreto possível, ao mesmo tempo que pretende desenvolver um sistema de fabrico que seja capaz de produzir filamentos mais longos.