Segundo dados da Kaspersky, em 2020 foram identificados cerca de 430 milhões de tentativas de ataques de phishing a nível global. No que diz respeito aos países mais afetados, o Brasil lidera a tabela do top 10 com o maior número de vítimas afetadas, somando 19,94%. Portugal surge logo em segundo lugar, com 19,73% do total de ataques. Apesar de serem os países mais afetados, relativamente a 2019 desceram 10%, no caso do Brasil, e Portugal menos 6%.

O relatório refere que o aumento dos ataques de spam e phishing em 2020 deve-se à transição massiva para o teletrabalho e comunicações online por causa do isolamento da pandemia de COVID-19. A França, que não aparecia no top 10 desde 2015, assume o terceiro lugar do pódio dos mais afetados com 17,90%. Desceu, no entanto, a Venezuela, que liderou o ranking dos mais afetados durante 2019 e nos dois primeiros trimestres de 2018, estando agora no oitavo lugar da lista.

Lista dos 10 países mais afetados por ataques de phishing a nível mundial:

tek top 10 phishing 2020
  • Brasil: 19,94%
  • Portugal: 19,73%
  • França: 17,90%
  • Tunísia: 17,62%
  • Guiana Francesa: 17,60%
  • Catar: 17,35%
  • Camarões: 17,32%
  • Venezuela: 16,84%
  • Nepal: 16,72%
  • Austrália: 16,59%

Outras estatísticas apontadas pelo relatório referem que a maior parte do spam teve origem na Rússia, num total de 21,27%. O email contribuiu com 50,37% do spam, ainda que tenha registado um declínio de 6,14% face a 2019. A família de malware trojan-win32.agentb foi o mais utilizado nos ataques. E as lojas online foram as principais vítimas dos ataques, somando 18,12%.

Nas suas campanhas por email, os hackers imitaram grandes empresas como a Amazon, PayPal e Microsoft, por exemplo, de forma a chamar a atenção dos utilizadores para as contactarem. E foram usados pretextos como confirmações de encomendas, resolução de problemas técnicos, cancelamento de transações, entre outros. Nos exemplos dados, todas as mensagens tinham algo em comum: pediam ao utilizador para ligar para um número disponível no email. A ideia dos hackers era acelerar a procura de ajuda das vítimas para os problemas expostos nesses emails, em vez de esperar por respostas do suporte técnico.

A especialista em cibersegurança refere que os hackers utilizaram o tema COVID-19 como isco para difundir os seus ataques, tendência que se irá manter durante 2021. A Kaspersky prevê um aumento de ataques contra o sector empresarial, devido à continuidade do teletrabalho. A empresa alerta ainda os utilizadores de aplicações e sistemas de mensagens para permanecerem atentos ao aumento de spam e phishing direcionada a equipamentos móveis.

Veja na galeria exemplos de tentativas de phishing detetadas pela Kaspersky:

Nesse sentido, não deverá abrir ficheiros ou anexos suspeitos, quando recebidos de fontes desconhecidas. Verificar o formato do endereço das páginas web, assim como a ortografia do nome da empresa. Não deve instalar ou fazer o download de aplicações de fontes não confiáveis. Não deve clicar em links recebidos de anúncios suspeitos ou fontes desconhecidas.

Nota de redação: notícia atualizada com mais informação e imagens. Última atualização: 11h29.

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