Perante os resultados das eleições presidenciais norte-americanas, que deram a vitória ao candidato democrata Joe Biden, Donald Trump continua a alegar que houve fraude na contagem dos votos. Confrontado com uma declaração das agências oficiais, que asseguraram que as eleições “foram as mais seguras na história dos Estados Unidos”, o presidente cessante demitiu Christopher Krebs, responsável pela Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA) desde 2018.

No anúncio da demissão, feito através da sua conta no Twitter, Donald Trump indica que as declarações de Christopher Krebs em relação à segurança das eleições presidenciais foram “extremamente erróneas”, argumentando que existiram múltiplas situações fraudulentas, como votos por indivíduos que já morreram ou erros que alteraram os votos. As publicações foram depois assinaladas pelo Twitter como informação potencialmente enganadora.

Tweets de Donald Trump acerca da demissão de Christopher Krebs
Tweets de Donald Trump acerca da demissão de Christopher Krebs

Recorde-se que na declaração divulgada pela CISA, que apoiou os Estados na verificação das condições de segurança do sistema de contagem dos votos, os representantes federais, estaduais e locais de diferentes agências garantem que não foram detetados sinais de fraude, interferência na infraestrutura, ou falhas de hardware ou software.

Agências oficiais confirmam que não houve fraude na contagem de votos nos EUA
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“Embora saibamos que existem muitas queixas infundadas a gerar desinformação sobre o processo da nossa eleição, podemos assegurar-vos que temos a maior confiança na segurança e integridade das nossas eleições e vocês também devem ter”, referiu a declaração.

Ainda na semana passada, a Reuters avançou que a demissão do chefe da CISA estava iminente. De acordo com fontes a que teve acesso, a agência noticiosa indica que o website Rumor Control, criado pela CISA para combater a desinformação em torno das eleições, não agradou à Casa Branca, que terá pedido a modificação ou remoção de algumas das publicações. Apesar das exigências, a CISA recusou-se a fazer qualquer tipo de alteração à informação.