Este ano o relatório europeu regista que as empresas tecnológicas tomaram menos medidas para combater a luta contra o discurso de ódio na Internet. Em particular, nota uma queda no número de notificações analisadas pelas empresas. De 90,4% em 2020, 81% em 2021, para 64,4% este ano, sendo o TikTok a única empresa a melhorar os seus controlos.

O documento faz a avaliação da resposta das tecnológicas em relação ao código de conduta adotado nesta área, o Code of Conduct on countering illegal hate speech online, que foi adotado em 2016 e que integra o Instagram, Snapchat, Dailymotion, Jeuxvideo.com, TikTok, LinkedIn e que desde a primavera de 2022 também conta com a adesão do Rakuten Viber e Twitch.

A taxa de remoção do conteúdo reportado pelas tecnológicas foi de 63,6%, também abaixo de um recorde de 71% em 2020. Nesta área, apenas o YouTube melhorou os seus controlos nos últimos dois anos, mas outras plataformas como o Facebook e o Twitter deram passos para trás.

Facebook deu prioridade ao lucro em detrimento das medidas para combater o discurso de ódio e desinformação
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Globalmente, 69,6% dos conteúdos que encorajavam a violência contra indivíduos ou grupos sociais e 59,3% dos conteúdos que utilizavam linguagem difamatória ou imagens referentes a grupos sociais foram removidos.

No entanto, Bruxelas regista uma evolução positiva na frequência e qualidade dos comentários das empresas aos utilizadores, algo que a Comissão tinha pedido às empresas que melhorassem no relatório do ano passado.

Em comunicado, o executivo europeu lembra ainda que já está em vigor a Lei dos Serviços Digitais (DSA na sigla em inglês) que pretende regular a atuação das plataformas online também na matéria relacionada com o discurso de ódio.