Nos últimos dias, o Facebook tem estado sobre “fogo” pelos testemunhos de adolescentes sobre os efeitos negativos do Instagram na sua saúde mental. Neste domingo, o vice-presidente do Facebook para os Assuntos Globais, Nick Clegg, revelou os planos da empresa de Mark Zuckerberg para ajudar os pais e os jovens a ultrapassar os efeitos nocivos da sua aplicação.

Entre as funcionalidades, vai haver uma que avisa os adolescentes a fazerem uma pausa na utilização do Instagram. E no caso destes procurarem sempre o mesmo tipo de conteúdo, a rede social deteta e alerta os utilizadores que este poderá não ser bom para o seu bem-estar, devendo procurar outros temas.

Os controlos parentais da aplicação serão também atualizados com novas funções para que os pais possam supervisionar o que os seus filhos estão a fazer online. Estas novidades seguem a decisão do Facebook ter colocado em pausa o projeto Instagram for Kids, que visava lançar uma versão da rede social para jovens abaixo dos 13 anos. Nick Clegg desdobrou-se entre diferentes programas da CNN e ABC neste domingo para explicar o desejo de melhorar a sua rede social, depois dos testemunhos dos jovens sobre as suas desordens na alimentação, partilhado pela CNN.

“Estamos constantemente a tentar melhorar os nossos produtos. Não podemos acenar uma varinha e tornar a vida de todos perfeita. O que podemos fazer é melhorar os nossos produtos, para que estes sejam seguros e divertidos de usar”, referiu o porta-voz do Facebook no programa State of the Union da CNN, citado pela Billboard. Acrescenta ainda que a empresa investiu cerca de 13 mil milhões de dólares nos últimos anos a manter a plataforma segura e que tem 40 mil pessoas a trabalhar nestes casos. Apesar disso, afirma que o Facebook tem feito o melhor para manter o conteúdo prejudicial fora das suas plataformas, mas que está aberto a mais regulações e supervisão.

O Facebook diz que é preciso maior transparência. Nick Clegg refere que os sistemas que a rede social disponibiliza devem ser considerados, caso seja necessário, pela regulamentação, para que as pessoas possam verificar aquilo que os seus sistemas dizem que são supostos fazer, com o que realmente fazem.

De recordar que na semana passada o Facebook foi acusado por ex-funcionária sobre conflitos de interesse entre o que era o melhor para os utilizadores e o que era melhor para os cofres da rede social. Ou seja, que repetidamente deu prioridade aos seus lucros, do que a tomar medidas para diminuir a desinformação e o discurso de ódio na rede social.

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