O mercado dos smartphones cresceu finalmente no último trimestre de 2020, depois de uma ligeira melhoria no terceiro período do ano. Na altura, a reabertura de economias emergentes como a Índia e Brasil, assim como o alívio das medidas de confinamento dos principais mercados, deram algum ânimo ao mercado, depois de um primeiro semestre bastante negativo.

Segundo dados da IDC, o mercado recuperou no quatro trimestre de 2020, num crescimento global de 4,3% em relação a 2019. A especialista afirma que o crescimento se deveu sobretudo à procura de equipamentos 5G, e claro, às promoções mais agressivas durante a época natalícia e eventos como o Black Mondays e Cyber Mondays. Ao todo foram distribuídos 385,9 milhões de smartphones em todo o mundo no último trimestre de 2020.

A Apple foi a fabricante que mais se destacou neste período, ocupando 23,4% da quota do mercado, tendo colocado nas lojas 90,1 milhões de equipamentos. Um aumento significativo quando comparado com 2019, que tinha lançado 73,8 milhões e tinha 20% do bolo total do mercado. O lançamento da família iPhone 12 deu um novo alento à empresa da maçã, na sua estreia no 5G, registando vendas elevadas.

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Créditos: IDC

A seguir à Apple surge a Samsung, que neste período registou uma fatia de 19,1% do mercado global, representando 73,9 milhões de equipamentos distribuídos, um número superior aos 69,5 milhões de 2019. A fabricante coreana chegou a registar durante o terceiro trimestre uma boa performance, tendo ultrapassado a Apple nas vendas nos Estados Unidos, depois da supremacia da maçã desde 2017.

A fechar o pódio está a Xiaomi, com 11,2%, tendo registado um aumento bastante significativo na distribuição de smartphones neste período: 43,3 milhões contra os 32,8 milhões de unidades de 2019. A fabricante chinesa parece não ter sentido os efeitos da pandemia nos meses mais críticos de 2020, tendo fechado o segundo trimestre com cerca de 3,8 mil milhões de euros em lucros, muito graças ao Mi 10 Ultra.

A Oppo surge em quarto lugar com 8,8% do mercado, tendo distribuído 33,8 milhões (30,6 milhões em 2019), estando ligeiramente à frente da Huawei, que fecha o Top 5 com 8,4% da quota do mercado. A empresa tem vindo a registar um declínio nas vendas, muito devido aos entraves colocados pelo governo dos Estados Unidos. Colocou nas lojas 32,3 milhões de equipamentos nas lojas, num registo muito negativo face a 2019, que foi 56,2 milhões. Ou seja, uma quebra de quase 50% face ao período homólogo.

Por fim, 30% do mercado diz respeito a outras fabricantes, que subiu 1 ponto percentual face a 2019, na distribuição de 112,4 milhões de unidades, face aos 107,1 de 2019.