O Natal é a principal época do ano em que os mais pequenos recebem um smartphone. E a tecnologia está no topo das prendas mais desejadas pelas crianças. E segundo um estudo realizado pela Hubside.Store pela Boutique Research, os smartphones são oferecidos cada vez mais cedo aos jovens, embora os pais não deixem de impor limites à sua utilização.

Segundo o estudo, 95% das crianças portuguesas com 10 ou mais anos já têm o seu próprio smartphone. E abaixo dos 10 anos o número é, ainda assim, elevado, registando 34%. No inquérito realizado online, a 500 pais e mães com filhos entre os 7 e 17 anos, é salientado que 50% das crianças recebe o telemóvel aos 10 anos, coincidindo com a entrada no segundo ciclo. Mas durante o ensino primário há cada vez mais jovens com o equipamento, correspondendo a 23% das crianças até 9 anos.

O estudo conclui que, dos pais de crianças ainda sem telemóvel, 44% pensa apenas dar-lhes apenas a partir dos 12 anos. Quatro em cada 10 pais (41%) afirma ter sentido alguma pressão social para oferecer o primeiro smartphone aos seus filhos, embora apenas 1 em 10 pais confirma que essa pressão pesou na decisão de dar o equipamento aos seus filhos.

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No que diz respeito ao investimento feito nos equipamentos, sobretudo na época natalícia, 57% dos pais ofereceu um smartphone novo, sobretudo os inqueridos com filhos com mais de 13 anos, que registou 66%. Quanto à oferta de equipamentos usados, os mais novos, até aos 9 anos, corresponderam a 61%, enquanto os jovens com idades entre os 10 e 12 anos ficou-se nos 32%. Sobre o dinheiro investido no primeiro telemóvel, o estudo indica que 3 em cada 4 pais gastaram até 200 euros. 10% dos pais entrevistados afirmam que compraram um equipamento recondicionado aos seus filhos, e 21% demonstrou intenção desta opção.

Apesar de entregarem smartphones cada vez mais cedo aos seus filhos, isso não significa que não haja preocupações e questões na sua utilização. Praticamente todos os pais (98%) em todas as idades relevaram preocupação no uso da tecnologia. Em primeiro lugar surge a preocupação do uso excessivo para 73% dos inqueridos, seguindo-se os perigos da internet, tais como o ciber-bullying, vírus ou pornografia para 71% dos pais. O medo do vício e dependência também foi registada em 58%.

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Esse medo também leva os pais a promover um uso consciente e responsável dos equipamentos e cerca de 4 em 5 inqueridos (80%) afirmam que impõem alguns limites de uso aos seus filhos. 93% dos pais de crianças entre os 7 e 9 anos colocam regras; número que desce para as idades entre os 13 e 17 anos para 73%. E 38% dos pais faz uso das ferramentas de controlo parental, 36% impõe limites de uso durante a noite e 34% proíbem os seus filhos de fazerem compras.