A Apple calcula em seis mil milhões de dólares o impacto da crise dos chips nas contas da empresa, durante o seu último trimestre fiscal, terminado a 25 de setembro. Para os próximos meses as perspetivas também não são boas, com Tim Cook a admitir que é difícil prever uma estabilização da situação, mas a antecipar uma forte procura dos produtos da empresa.

Microsoft perto de ultrapassar Apple no ranking das empresas mais valiosas
Microsoft perto de ultrapassar Apple no ranking das empresas mais valiosas
Ver artigo

“Estamos a prever um crescimento muito sólido da procura face ao ano passado, mas também antecipamos ficar abaixo dessa procura em mais de seis mil milhões de dólares” disse Tim Took, CEO da Apple, à Reuters.

Na conferência de apresentação de resultados, com analistas, o responsável já tinha admitido que as falhas na cadeia de abastecimento, por causa da crise dos chips tinha custado à empresa 6 mil milhões de dólares em vendas no quarto trimestre fiscal.

Nesse encontro, o responsável apontou “constrangimentos maiores que o previsto” com o fornecimento de componentes no Sudoeste asiático devido à pandemia e referiu que a situação continua a afetar a maioria dos produtos da marca, ainda que tenha melhorado.

“Estamos a fazer tudo o que podemos para obter mais (chips) e tudo o que podemos fazer do ponto de vista operacional para ter a certeza que andamos o mais rápido possível”, referiu também Cook à agência noticiosa.

Na conferência com analistas, Tim Cook já tinha explicado que a Apple dá preferência à aquisição de chips com novas tecnologias, mas em algumas áreas continua a ter de recorrer a tecnologias mais antigas onde “competimos com muitas outras empresas por fornecimento e é difícil prever quando voltará a haver um equilibrio”.

Crise dos chips poderá obrigar a Apple a reduzir a produção do iPhone 13
Crise dos chips poderá obrigar a Apple a reduzir a produção do iPhone 13
Ver artigo

Os resultados do último trimestre fiscal da Apple em 2021 foram apresentados esta quinta-feira e revelaram um volume de negócios de 83,4 mil milhões de dólares, num crescimento de 30% face ao período homólogo, ainda assim abaixo das previsões dos analistas, que previam vendas na ordem dos 84,8 mil milhões de dólares.

As vendas de iPhones também ficaram abaixo das previsões dos analistas, que esperavam um resultado à volta dos 41,5 mil milhões de dólares e a empresa "só" cresceu até aos 38,9 mil milhões. Nos Mac o trimestre também foi positivo, com um recorde de vendas de 9,17 mil milhões de dólares. Com o iPad a empresa faturou 8,2 mil milhões de dólares. Nas restantes áreas de negócio, como os wearables e os serviços, a fabricante também fechou o trimestre a crescer.

Esta reta final do ano marca a chegada ao mercado em força da 13ª geração de smartphones da Apple, o que deve justificar em muito as previsões otimistas da empresa para os últimos três meses de 2021. O iPhone 13 (nas fotos da galeria abaixo) pouco influenciou os resultados do trimestre anterior, já que chegou às lojas apenas a 24 de setembro.

A Apple fabrica cerca de 75 milhões de unidades de cada geração iPhone durante a sua fase inicial, no iPhone 13, a marca da maçã queria aumentar a produção em 30%, para 90 milhões, mas já em outubro tinham surgido notícias de que os planos estavam a ser alterados devido à falta de stock de chips. As notícias confirmaram-se agora, bem como o impacto.

iPhone 13 é a nova “joia da coroa” da Apple e traz melhorias no ecrã, desempenho e câmaras
iPhone 13 é a nova “joia da coroa” da Apple e traz melhorias no ecrã, desempenho e câmaras
Ver artigo

Não perca as principais novidades do mundo da tecnologia!

Subscreva a newsletter do SAPO Tek.

As novidades de todos os gadgets, jogos e aplicações!

Ative as notificações do SAPO Tek.

Newton, se pudesse, seguiria.

Siga o SAPO Tek nas redes sociais. Use a #SAPOtek nas suas publicações.