As compras de prendas tecnológicas natalícias poderão ficar mais caras neste ano. Além da crise dos chips, atrasos nas cadeias de distribuição estão a forçar as empresas tecnológicas a reunir mais esforços para produzirem e enviarem os produtos que lhes darão uma maior margem de lucro.

A Reuters avança que as principais marcas de equipamentos eletrónicos estão a usar todos os seus recursos para tentar navegar pela crise de escassez de componentes, que restringiu a produção de bens de diferentes níveis de preço devido a problemas logísticos: uma situação exacerbada pelo contexto da pandemia de COVID-19.

Gigantes tecnológicas como a Apple ou a Microsoft estão já a apostar numa estratégia nos seus canais de compras online que passa por incentivar os consumidores a fazerem as suas compras para a época festiva o mais cedo possível, sobretudo, no que toca aos produtos mais caros.

Por exemplo, no caso da Apple, que perdeu 6 mil milhões dólares com a crise dos chips e que espera mais dificuldades no final do ano, ao navegar pelo seu website é possível verificar que um dos modelos de iPad Pro de quinta geração, com ecrã de 11 polegadas e com um preço a partir dos 909 euros, conta com uma data de entrega entre os dias 19 e 26 de novembro.

Apple perdeu 6 mil milhões dólares com a crise dos chips e espera mais dificuldades no final do ano
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Por contraste, um iPad de nona geração, com um preço a partir dos 399 euros, conta já com uma data de entrega mais tardia, entre os dias 13 e 20 de dezembro. A mesma situação ocorre em outros produtos da marca, como nos seus smartwatches, aplicando-se também a outras fabricantes, como a Samsung, onde o mais recente Galaxy Z Fold3 consegue chegar ao consumidor mais rapidamente do que um Galaxy S21 Ultra.

Em declarações à agência noticiosa, Runar Bjørhovde, analista da Canalys, explica que, uma vez que existem muito menos smartphones mais baratos, estes equipamentos não terão os descontos que habitualmente vemos”.

De acordo com dados da consultora Counterpoint, a distribuição internacional de smartphones registou uma queda devido à crise dos chips durante o terceiro trimestre do ano. Porém, o número de envios de equipamentos de gama média-alta acabou por impulsionar as receitas acima dos 100 mil milhões de dólares entre o terceiro e quarto trimestres.

Segundo a IDC, o preço médio de um smartphone subirá para os 410 dólares nesta época natalícia, um “salto” dos 376 dólares no trimestre anterior e dos 395 dólares no período homólogo no ano passado.

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Além dos smartphones, espera-se que o preço médio dos computadores portáteis venha a aumentar na época festiva, numa subida de 8% para os 830 dólares.

Do lado das consolas de videojogos o panorama não melhora. A Sony continua a ter dificuldades na produção PlayStation 5 e a oferta disponível para a época natalícia poderá estar mesmo comprometida. A falta de componentes também já afetou a Nintendo, que cortou as suas previsões de vendas da Switch por 1,5 milhões de unidades e a Valve, que pretendia lançar a sua Steam Deck em dezembro, acabou por "empurrar" a data para fevereiro do próximo ano.

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