2023 ainda mal começou, mas os despedimentos realizados por empresas tecnológicas continuam a aumentar. Janeiro foi um mês “turbulento” para as tecnológicas e, agora, novos dados mostram a evolução da tendência.

De acordo com dados da plataforma Layoffs.fyi, só em janeiro foram despedidos 84.303 trabalhadores, com 263 empresas a anunciarem cortes na sua força laboral. Nos primeiros dias de fevereiro, 35 empresas anunciaram que iam avançar com despedimentos de 10.535 colaboradores.

Layoffs.fyi | Despedimentos tecnológicos
créditos: Layoffs.fyi

A informação partilhada pela plataforma permite verificar que, até à data, o número de funcionários de empresas tecnológicas despedidos em 2023 se situa nos 94.838, tendo em conta o recente anúncio de despedimentos da Dell. Por comparação, na totalidade de 2022 foram despedidos 159.766 funcionários.

Entre as empresas com os maiores despedimentos destaca-se a Amazon, que, ao todo, anunciou o despedimento de 18 mil colaboradores. Seguem-se a Google, com 12 mil trabalhadores, e a Meta, com 11 mil funcionários. No Top 10 dos maiores despedimentos incluem-se ainda a Microsoft, Salesforce, Dell, Philips, Booking.com e Cisco.

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Segundo dados avançados pelo Financial Times, gigantes tecnológicas como a Amazon, Meta, Alphabet e Microsoft vão pagar mais de 10 mil milhões de euros em indemnizações a funcionários que despediram, assim como em outras medidas concebidas para cortar custos.

Apesar da “onda” de despedimentos e cortes, os investidores não parecem “desmotivar” e, mesmo depois de as gigantes tecnológicas terem anunciado os despedimentos, a sua capitalização bolsista cresceu em 800 mil milhões de dólares.

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Recorde-se que, para já, a Apple foi a única que ainda não anunciou despedimentos ou medidas para reduzir gastos. No entanto, no início de fevereiro, a empresa da maçã anunciou a primeira queda de receitas e lucros desde 2019.

No último trimestre de 2022, a Apple registou receitas na ordem dos 117.154 mil milhões de dólares: um valor que corresponde a um decréscimo de 5,5% em comparação com o trimestre homólogo no ano passado. A empresa lucrou 29.998 mil milhões de dólares, numa queda de 13% face ao valor registado há um ano.