A Comissão Europeia tem um plano para fazer face à crise dos chips, reforçar a produção de semicondutores da Europa e reduzir a dependência de fabricantes asiáticas e norte-americanas. Esta semana, os Estados-Membros da União Europeia (UE) chegaram a acordo sobre um plano de 45 mil milhões de euros para acelerar a produção de semicondutores. 

O plano, que será discutido pelos ministros europeus no início de dezembro, poderá abrir a porta à aprovação do Chips Act, embora ainda precise de ser debatido pelo Parlamento Europeu no próximo ano, avança a Reuters.

O acordo a que os Estados-Membros da UE chegaram inclui também algumas mudanças ao plano apresentado originalmente pela Comissão Europeia, como uma maior abrangência dos subsídios à produção de semicondutores.

Recorde-se que a proposta do Chips Act, apresentada por Bruxelas em fevereiro deste ano, centra-se em cinco pilares: o reforço da liderança europeia na investigação e tecnologia de chips; o reforço da capacidade de inovação no processo de design e produção de chips avançados; a criação de uma framework para aumentar a capacidade de produção de 20% do mercado global até 2030; a atração novo talento para a indústria; e o desenvolvimento um maior conhecimento sobre a distribuição de semicondutores a nível global.

Chips Act

Bruxelas propõe investimentos em tecnologias de próxima geração, dando a toda a UE o acesso a ferramentas de design e linhas-piloto para o desenvolvimento de semicondutores inovadores.

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A criação de certificações para chips que sejam seguros e energeticamente eficientes, de modo a garantir a qualidade e segurança de aplicações críticas, é outra das prioridades da Comissão Europeia, que pretende igualmente criar uma framework que impulsione o investimento nas fábricas localizadas na Europa.

A proposta quer também apoiar as startups, scaleups e PMEs no que respeita ao acesso a investimentos, assim como reforçar a capacidade de antecipar e responder a futuras crises no setor e construir parcerias a nível internacional.