A Visa quer expandir os sistemas de pagamento digital e sobretudo acelerar a adoção das novas soluções de leitura contacless, que dispensa a utilização dos dígitos PIN. Para tal pretende introduzir novas alternativas no mercado, fomentando não só os pagamentos de aproximação através de cartões, mas também a utilização dos sistemas das gigantes tecnológicas Apple Pay, Google Pay e também a Samsung Pay.
Paula Antunes da Costa, diretora geral da Visa Portugal explicou ao Dinheiro Vivo que 75% dos portugueses “já utilizam um dispositivo móvel para olhar para a conta bancária, para fazer pagamentos ou comprar algo online”, tornando o sistema contacless uma oportunidade para mudarem os hábitos e trocarem os pagamentos feitos com dinheiro para sistemas eletrónicos.
A empresa refere que apesar da boa aceitação e dispor de uma rede de pagamentos contacless, é necessário educar o consumidor e incentivar os comerciantes a disponibilizarem os novos sistemas digitais alternativos. É dado o exemplo de Londres, como a rede de transportes públicos passou a aceitar o novo método de pagamento, criando um efeito dominó, expandindo-se para o retalho.
Em Portugal, os pagamentos contacless representaram apenas 1,6% das transações de 2017, segundo o Banco de Portugal e apenas 0,6% dos pagamentos em compras eletrónicas. Nesse sentido, a Visa tem como metas prioritárias expandir o comércio eletrónico no mercado nacional, incentivando a utilização de ferramentas de pagamento da Apple, Google e Samsung.
A empresa referiu ainda ao Dinheiro Vivo que Portugal tem uma das maiores taxas de abandono no final das compras online. Se na Europa 5% dos consumidores abortam as transações, a Visa estima que em Portugal esteja na casa dos 30%, tendo como objetivo baixar essa tendência.
A Visa lançou um junho um programa de investimento na Europa de 86 milhões de euros na área financeira fintech. Existem startups portuguesas que vão beneficiar do programa, como forma de incentivo a desenvolverem as suas inovações. A empresa destaca como o contributo de IoT e como a tecnologia dos novos dispositivos, sejam pulseiras, anéis ou relógios, vão permitir a utilização de novas formas de pagamentos digitais.
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