Com a entrada em vigor da mais recente alteração ao regulamento do leilão do 5G, que impede incrementos de 1% e 3%, determinando que as operadoras licitem com aumentos mínimos de 5%, as licitações têm vindo agora a registar subidas mais significativas, já na casa dos milhões e fora dos aumentos a “conta-gotas” que se tinham vindo a verificar até então.

Hoje, nas 12 rondas do 182º dia, as licitações alcançaram 384,444 milhões de euros, numa subida de 4,168 milhões de euros em relação ao dia anterior. A totalidade do leilão, que inclui a fase reservada a novos entrantes resulta agora num encaixe potencial de 468,795 milhões de euros.

De acordo com os dados disponibilizados pela Anacom, hoje verificam-se aumentos de 5% em relação às propostas de 12 lotes da faixa dos 3,6 GHz, todos da categoria J. Em relação ao preço de reserva, a vasta maioria dos lotes desta categoria contam já com valorizações superiores a 470%. Já 8 lotes contam com uma valorização superior a 500%.

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A semana em que entraram em vigor as novas regras do procedimento fica marcada pela interposição de uma providência cautelar por parte da Vodafone. Ainda no início de setembro, também a Altice Portugal tinha interposto uma providência cautelar para travar as alterações.

Fora do “braço de ferro” entre operadores e regulador, a NOS e a Ericsson revelaram ontem que a Escola Secundária João Gonçalves Zarco, em Matosinhos, está equipada com rede 5G no desenvolvimento de pilotos na área da Educação. Neste primeiro teste em ambiente escolar, foi realizada uma experiência de realidade virtual, ligando a escola ao Pavilhão do Conhecimento em Lisboa.

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“O 5G é algo que está a acontecer e a NOS está a fazer acontecer”, afirmou ao SAPO TEK Manuel Ramalho Eanes. Matosinhos tem sido palco de vários testes e o administrador executivo da NOS explicou que a empresa tem espetro provisório em diferentes zonas do país para usar nestes case studies, mas sem detalhar quais.

5G: administrador da NOS acredita que podemos recuperar boa parte do atraso do leilão
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Sem querer comentar o leilão e a mudança de regras do leilão, Manuel Ramalho Eanes afirmou que a posição da empresa é conhecida e que espera calmamente o desfecho do processo e que é preciso olhar para a frente e ver como podemos trazer o 5G às famílias e às empresas.

“Estamos a trabalhar todos os dias para que o impacto [do atraso do leilão] seja o menor possível e que Portugal, o país, a sociedade, as famílias e as empresas, consigam, com o trabalho da NOS, tirar o máximo partido da tecnologia o mais cedo possível e acredito que vamos fazer bem esse trabalho e que podemos recuperar boa parte do atraso”, afirmou, admitindo porém que as condições de partida não eram fáceis e que por isso “vai exigir muito trabalho de todos”, garantindo que “a NOS aceita essa responsabilidade e vamos cumpri-la”.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação. (Última atualização: 19h19)

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