Portugal, Angola, Cabo Verde, Moçambique e mais recentemente Espanha são os mercados onde a Cegid Academy atua. Os parceiros de negócios são responsáveis pela maior parte das participações nas ações formativas, mas as inscrições por parte de clientes e de pessoas que procuram reconversão profissional para as Tecnologias de Informação têm vindo a crescer e deverão continuar a crescer nos próximos anos, segundo prevê Susana Teixeira, Diretora da Cegid Academy na Ibéria e África.

Neste momento, a unidade que mantém a oferta formativa para todo o ecossistema da Cegid soma mais de 350 cursos e 60 certificações distintas. Em 2023 cresceu 54% em número de inscritos em formações e este ano a intenção é continuar a apostar em novas áreas formativas, nomeadamente na inteligência artificial.

“O crescimento da Cegid Academy nos últimos anos tem excedido as nossas expectativas, particularmente em 2023, ano em que atingimos mais de 13.000 inscrições nas nossas formações em Portugal e África”, referiu Susana Teixeira em entrevista ao SAPO TEK. A forte expansão da Cegid, designadamente através de aquisições, tem contribuído para este crescimento acelerado, disse, colocando novos desafios no que diz respeito ao desenvolvimento de competências por parte de parceiros e clientes.

Os parceiros têm uma enorme importância estratégica para a Cegid Academy e serão sempre um dos públicos principais no que diz respeito à formação, sublinhou Susana Teixeira. “Desta forma, conseguimos ter um canal de parceiros forte no que concerne, não só às competências relacionadas com os produtos Cegid, mas também a nível tecnológico e de metodologias de implementação e gestão de projetos”.

Com o crescimento da base de clientes, a responsável acredita que o número de clientes que frequentam as formações venha em breve a ultrapassar o número de profissionais associados aos parceiros de negócio.

Atualmente, os inscritos em formações por parte dos clientes Cegid e das pessoas que procuram uma reconversão para as Tecnologias de Informação já representa cerca de 40% do total de formandos. “Acreditamos que, nos próximos anos, este número venha a crescer ainda mais”.

A Medida Cheque Formação + Digital tem impulsionado a procura pelas formações, em particular pelos programas de reconversão profissional. Quem procura estes programas são pessoas das mais diversas áreas, que pretendem enveredar por uma profissão no mundo das Tecnologias de Informação, detalhou Susana Teixeira.

Cegid focada no "compromisso" com clientes e parceiros. E na inteligência artificial generativa
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O nível de empregabilidade dos programas Cegid, juntamente com a possibilidade de parte do investimento poder ser suportado pelo Cheque Formação + Digital, tem incentivado cada vez mais pessoas a dar este passo em busca de uma nova vida profissional, considera. Também tem sido observado um aumento da procura por formações de ferramentas de produtividade, mas neste caso o principal objetivo é melhorar a capacidade de uso das mesmas.

Até à data, foram registados mais de 100 pedidos para adesão à medida Cheque Formação +Digital e, destes, 75 foram convertidos em candidaturas, já que algumas pessoas aproveitaram para se inscrever em várias formações.

A inteligência artificial surge como um ponto fulcral da estratégia da Cegid, que abrange diversas vertentes, desde a incorporação da tecnologia nas soluções, passando pelo modo de trabalhar dos colaboradores na empresa, até à forma os serviços são prestados aos clientes. A aposta da Cegid Academy na formação em IA está em linha com a estratégia da empresa, que recentemente anunciou a abertura do primeiro Centro de Inteligência Artificial em Portugal, de onde exportará soluções de IA para toda a Europa.

Para o futuro, Susana Teixeira acredita que o crescimento acelerado se irá manter e que o número de formandos e a oferta formativa vai continuar a aumentar nos próximos anos.

Além da aposta em novas áreas como a IA, está também no “caminho” traçado para 2024 dar a conhecer os novos formatos de disponibilização de formação, como o Learning-as-a-Service (subscrição de formação). A ideia é que os novos métodos permitam às empresas controlar melhor os custos associados à formação, democratizando, simultaneamente, o acesso à mesma por parte dos colaboradores, explicou Susana Teixeira.