Tal como o seu nome indica, o LG Prada 3.0 é o terceiro de uma "linhagem" que começou no início de 2007, com um modelo que ganhou popularidade por ser um dos primeiros terminais com ecrã capacitivo.



A parceria entre a casa italiana e a fabricante coreana voltava a apresentar uma nova proposta cerca de dois anos depois, apostando num teclado slide lateral como característica diferenciadora.



Os modelos anteriores não passaram pelas nossas mãos, por isso não podemos dar testemunho da evolução entre os mesmos, mas podemos referir alguns aspetos relativamente ao 3.0.



Como é normalmente a intenção num terminal associado a uma marca com core business em artigos de luxo, as primeiras características a saltarem à vista têm a ver com o design, mesmo ainda com o terminal desligado.



Ainda sem premir o botão on/off, uma nota relativamente à textura da capa traseira (num material plástico), que terá por objetivo "remeter" para uma associação à marca que ganhou popularidade pelos seus artigos em pele, na nossa opinião mal conseguido.



Além dos logótipos, das câmaras e dos altifalantes, desligado e visto por fora, o LG Prada "mostra" apenas as teclas de volume, numa das laterais, e a entrada de auscultadores, portaUSB/carregador e mais dois (muito discretos) botões: o de on/off, mais ao extremo, e um outro que servirá para acesso rápido à câmara.

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Aproveitamos para referir desde já que se segurar no telefone ao contrário é capaz de dar por si a carregar numa das saliências apresentadas na parte inferior, facilmente confundidas com a tecla que permite ligar e desligar o telefone e o ecrã…



E por falar em segurar, as 4,3 polegadas de ecrã fazem do novo Prada um smartphone "grande", pelo menos em altura e largura (127.5 x 69mm). Os (apenas) 8,5 mm de espessura podem atenuar o menor conforto que isso poderá trazer a quem tenha mãos mais pequenas.



Por aqui, a grande dimensão não impediu a sua "utilização a uma mão", também ajudada por um ecrã de resposta rápida e fácil.

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Depois disto, vamos finalmente "ligar" o smartphone. E inevitavelmente vai reparar no "tom" monocromático e minimalista escolhido para o interface, que "personifica" a versão 2.3 (ou Gingerbread) do Android. Saliente-se desde já que o LG Prada 3.0 pode ser atualizado para a versão mais recente do sistema operativo, a 4.0 ou Ice Cream Sandwich.



O telefone apresenta sete ecrãs principais que exploram o esquema de cor a preto e branco, mas que podem ser personalizados pelo utilizador com ícones para aplicações ou widgets - e com fundos de ecrã coloridos.



Tal como acontece em outros modelos Android, o ecrã central mostra um widget sobre as condições meteorológicas, acompanhado de alguns shortcuts pré-definidos (Navegador, Música, Galeria, e Câmara).



Um pinch to zoom feito neste ecrã faz com que o widget ocupe todo o espaço disponível, apresentando informação meteorológica mais pormenorizada.

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Na parte inferior de cada um dos ecrãs principais surgem quatro botões que garantem acesso fácil, respetivamente, à lista de chamadas, aos contactos, à caixa de mensagens e às aplicações, e que apresentam notificações relativas a essas mesmas funcionalidades.



Um dos aspetos que podem não agradar no LG Prada é o facto de este não apresentar uma luz de notificação, por exemplo, caso tenhamos perdido uma chamada ou SMS.



Ainda na arte inferior do telefone, mas fora dos ecrãs surgem igualmente quatro botões, cada um remetendo para quatro funções: Menu, Início, Voltar e Pesquisa. Uma nota para referir que se quiser utilizar estes botões tem de ser "rápido a clicar", já que o tempo em que estão ativos é diminuto.



A barra de notificações surge no limite superior, e pode ser estendida, clicando-se e arrastando-se para baixo. Pelo contrário, a capa que bloqueia o telefone é "levantada" de baixo pra cima.



Para telefonar, fotografar e navegar


O LG Prada 3.0 tem também no processador dual-core de 1.0GHz um dos seus principais argumentos, o que lhe permite dar resposta célere na "leitura" de diferentes funções multimédia e na transição entre as mesmas.



A câmara de oito megapixéis Full HD com flash LED e AutoFocus também pode ser um atrativo, embora esta não tenha sido uma das funcionalidades mais exploradas neste teste de utilização.



O mesmo não aconteceu com o acesso à Internet, largamente utilizado e que podemos classificar como uma boa experiência, facilitada pelas velocidades de download de 21Mbps oferecidas. Os 800nit do ecrã de 480×800 pixéis também podem ter ajudado a tornar a navegação mais "brilhante" - ou então é apenas uma sensação provocada pelo facto de deixarmos o "registo" monocromático e voltarmos a ver cor…



Nada a apontar ao som das chamadas, mas de referir que além da possibilidade de atender ou recusar um telefonema (arrastando os respetivos ícones na lateral), o ecrã apresenta-lhe uma segunda opção caso não possa atender: o envio de uma mensagem, entre um conjunto de textos pré-definidos.

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Deixámos para o fim o ponto que considerámos menos positivo: a autonomia da bateria. A fabricante avisa desde logo nas especificações: entre as 4 horas e 20 minutos e as 5 horas em conversação. Em stand-by pode chegar às 330 horas.



Podemos ter abusado na utilização do telefone, mas não houve um único dia em que não tivéssemos de ligar o LG Prada 3.0 à corrente, às vezes mais do que uma vez ao dia…



Em qualquer escolha que importe fazer, falta falar num elemento essencial: o preço. O smartphone está à venda através da TMN e custa 599,90 euros (menos 10 euros se for adquirido na loja online da operadora).

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Patrícia Calé