Dados de um estudo da IDC, revelam que, entre julho e setembro deste ano, foram vendidos cerca de 2,7 milhões de smartwatches em todo o mundo. Este número reflete uma queda significativa na procura destes dispositivos, visto que no mesmo período de 2015 registou-se um volume de 5,6 milhões de unidades vendidas.

O investigador que lidera a divisão de wearables da IDC, Ramon Llamas, acredita que este declínio é um resultado direto “da forma como as plataformas e os vendedores se estão a realinhar”, ou seja, da forma como as empresas estão a abordar este mercado e estas novas tecnologias.

Ramon Llamas refere que empresas como a Apple, que atualmente ainda lidera o mercado dos smartwatches, a Google e a Samsung estão a demorar demasiado tempo a apresentar novos dispositivos, o que pode refrear o interesse do público. Ele acrescenta que as tecnológicas têm procurado satisfazer os consumidores com aparelhos ultrapassados.

Por seu lado, Jitesh Ubrani, analista sénior da equipa Mobile Device Tracker da IDC, considera que os smartwatches ainda estão fora de alcance de muitos e que uma clara diferenciação entre smartwatch e smartphone é essencial para fazer este segmento crescer.

Neste terceiro trimestre, a Apple ficou em primeiro lugar, mas, relativamente ao ano passado, a sua quota do mercado caiu de 70,2% para 41,3%.

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A Garmin foi a única grande marca dos wearables a conseguir registar crescimento no período em análise. No terceiro trimestre de 2015, a empresa tinha uma quota de mercado de 2,3%, com cerca de 100 mil smartwatches. No mesmo período deste ano, a Garmin conquistou uma quota de 20,5%, com a venda de cerca de 600 mil destes dispositivos.

A Samsung foi empurrada para o terceiro lugar, com um volume de vendas de 400 milhões de unidades, número igual ao do trimestre análogo.

A Lenovo ficou em quarta posição, com a venda de 100 unidades vendidas no período, menos 300 mil do que no ano passado.

Por fim, a Pebble ocupa o último lugar do Top 5 das maiores marcas de smartwatches, com 100 mil unidades vendidas, metade do que o volume de vendas registado entre julho e setembro de 2015.