A Google anunciou esta semana que pode agora atualizar o motor do Android (ART) sem que, para isso, tenha de lançar uma atualização para o sistema operativo. O ART, que é responsável por compilar e executar as linguagens de programação Java e Kotlin, pode assim, de um dia para o outro, melhorar a velocidade de execução das suas aplicações.

O ART tornou-se num elemento modular do sistema operativo aquando do lançamento do Android 12 e viabilizou nessa mesma altura a implementação de um sistema de atualizações independente, via Play Store. Isto significa que, ao contrário do que acontece com um update de sistema, pode continuar a mexer no seu equipamento, sem ter de o reiniciar, enquanto o processo é concluído.

A Google adianta que, com a atual distribuição das versões do Android, conseguirá garantir uma melhoria regular na performance do sistema operativo a cerca de 31% dos utilizadores.

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A gigante tecnológica confirmou ainda que uma nova versão do ART será implementada com a chegada do Android 14. O motor será compatível com todos os equipamentos Android que tenham a versão 12 ou superior do sistema operativo. Esta atualização vai fazer o SO saltar de OpenJDK 11 para OpenJDK17 e melhorará consideravelmente a performance do software.

Com a chegada do ART 13, o salto foi já bastante notável. Em alguns equipamentos, a agilidade que este sistema permite na hora de alterar entre código nativo e externo, a velocidade de execução de uma app aumentou em 30%.

Este esforço faz parte de uma estratégia da Google que visa modularizar vários elementos do sistema operativo, por forma a agilizar as melhorias e as atualizações. Desta forma, a Google não se vê obrigada a reajustar todo o SO sempre que tem uma nova ideia para pôr em prática no Android e pode, ao invés disso, trabalhar apenas no pormenor e forçar uma atualização independente e não invasiva.