A comparação com a popular Shazam é feita pelos próprios fundadores da startup que está por detrás da Tagzam, mas se no primeiro caso se trata de identificar a música a tocar em determinado momento, a proposta de André Freitas e Rui Peixoto passa por achar as melhores hastags para colocar na legenda de determinada foto.

A app analisa a fotografia que pretende publicar - no Instagram, no Twitter ou noutra rede social da sua preferência que use hashtags – e, de forma automática, sugere-lhe as hashtags ideais com base no conteúdo da imagem em questão.

“Em menos de 30 segundos, tem uma fotografia com as melhores hashtags pronta a ser publicada”, garante a equipa.

A Tagzam começou a ser desenvolvida no último trimestre de 2016 e esteve em Beta desde janeiro deste ano até há cerca de um mês. “Decidimos então que a maturidade atingida já permitia avançar para um lançamento público”, referiu André Freitas em declarações ao TEK. “Há muito para fazer ainda, mas encontrámos o equilíbrio certo entre janela de oportunidade e funcionalidades incluídas na primeira versão”.

Neste pouco tempo disponibilização o balanço é “extremamente positivo”, considera “Recebemos diariamente dados analíticos que nos dão a energia para continuar. Já tínhamos lançado uma aplicação antes mas, neste momento, é incomparável em termos de aceitação e fidelização. Estamos muito satisfeitos”.

A aplicação é gratuita e está disponível para dispositivos Android e iOS.

André Freitas e Rui Peixoto já tinham criado a NearUS, que apresentam como “a primeira aplicação do mundo a usar a localização dos dispositivos para permitir comunicações anónimas e promover a interatividade em eventos”. Em 2015, a NearUS venceu o prémio de melhor aplicação móvel europeia, o EU Mobile Challenge em Barcelona. Ganharam também alguns prémios nacionais. Afirmam que trazem toda esta experiência para a Tagzam.

O facto da equipa, que conta desde mais recentemente com um terceiro elemento, não trabalhar no mesmo país traz os seus desafios, o maior sendo a comunicação. “É mais fácil comunicar ideias e discuti-las frente-a-frente, é outra coisa crescer uma aplicação a nível mundial onde os elementos chave da empresa vivem em países distintos”.

De qualquer forma, é desafio possível de superar e pode ser inclusive o segredo do sucesso da equipa, aponta André Freitas. “Cada um concentra-se nas suas funções e as curtas reuniões acabam por ser altamente produtivas. Importa usá-las ao máximo para definir os próximos passos e isso é a otimização do mais importante recurso da gestão de um projeto: o tempo. Usamos plataformas como o trello para facilitar o planeamento e organização”.

De resto, sabem que não é fácil colocar uma app entre as mais populares nas principais lojas. “É difícil sim, mas, para nós, o importante é o caminho que estamos a percorrer e sabemos que, se lá chegarmos foi com muita aprendizagem pelo caminho. Aliás, diria que, se nos oferecessem entrada direta para um top sem que este caminho pudesse ser percorrido seria bom mas não provocaria a mesma adrenalina”.

No meio de todo o esforço exigido, André Freitas destaca que a equipa é pequena e faz desde o design, programação, comunicação, gestão de redes sociais e webmarketing. “Há quem diga que a startup é o novo MBA. Não concordamos na plenitude, mas, tirando o exagero da expressão, aprende-se muito”, garante.

Próximos passos

Para os seus criadores, a Tagzam é a forma mais rápida e intuitiva de obter hashtags para uma imagem. "Como todas as ferramentas, tem o seu esforço/custo de aquisição, mas a forma como simplifica uma ação regular compensa".

A curto prazo, a intenção é que a aplicação possa servir cada vez mais utilizadores “que a usem várias vezes e façam dela uma ferramenta do dia a dia”. Mais tarde o objetivo passa por enriquecer o algoritmo de resposta com factores como por exemplo a localização. Faz igualmente parte dos planos da startup lançar uma ferramenta mais profissional para gestores de redes sociais, com features exclusivas.

“Estamos a trabalhar para tornar a aplicação ainda mais útil através do cruzamento de novos tipos de dados que permitirão otimizar a sugestão de hashtags”, referiu André Freitas. “Começámos também com uma nova plataforma complementar numa versão mais profissional sobre a qual poderemos dar novidades brevemente”.

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