Há mais de uma semana que a zona de Fort McMurray, na província canadiana de Alberta, está a ser consumida por um incêndio que tem encontrado as condições meteorológicas ideais para se propagar. Com ventos secos a soprar a 40 quilómetros por hora, o fogo ameaça alastrar-se para várias localidades vizinhas. As autoridades já avisaram que poderão ser precisos vários meses para extinguir as chamas por completo.

Ao mesmo tempo que os métodos convencionais têm surtido pouco efeito no combate ao fogo, os bombeiros decidiram recorrer a drones para sobrevoar as frentes ativas do incêndio e estudar uma nova abordagem ao desastre natural que já levou à evacuação de quase 90.000 pessoas.

Com recurso a esta solução, os bombeiros esperam conseguir assinalar a zona inicial do incêndio e descobrir o que o originou, uma informação que pode vir a ser valiosa.

Os drones serão fornecidos pela Elevated Robotic Services, uma empresa canadiana que constrói drones adaptados para empresas de construção civil e explorações mineiras. Os aparelhos são fabricados pela empresa chinesa DJI, são capazes de captar imagens a 33 metros de altura e têm uma autonomia de 45 minutos por carregamento.

Embora os drones possibilitem a exploração de zonas impossíveis de alcançar por outros meios, estes números podem representar uma condicionante nesta situação dada a altitude de algumas chamas e o fumo, que não contribuirá para a qualidade das fotografias e filmagens. Cada um destes aparelhos custa entre 1.900 e 6.500 dólares. 

Ron Windmueller, CEO da Droneology, empresa tecnológica que trabalha com a Elevated, diz que esta é uma forma muito mais eficiente de reunir informação sobre as causas do fogo e as possíveis consequências, "é como o Google Maps mas 100 vezes melhor", disse à Reuters.

Os drones irão auxiliar uma equipa de 15 helicópteros, 14 aviões cisternas e mais de 500 bombeiros no combate às chamas e deverão começar a voar esta terça-feira, dia 10.