A ideia já tem nome - Project Natick - e já está a ser testada, com o objetivo de perceber os benefícios e dificuldades de construir data centers debaixo de mar em todo o mundo”, afirma a Microsoft.

O primeiro protótipo, uma cápsula de aço de 2,40 metros de diâmetro, foi “mergulhado” há uns meses a cerca de um quilómetro da costa da Califórnia e a 30 pés de profundidade. O teste terminou recentemente, com um sucesso que superou as expetativas dos investigadores da empresa de Redmond.

O sistema estava equipado com diferentes sensores que monitorizaram continuamente a cápsula, medindo níveis de pressão, de humidade e outras condições com o objetivo de compreender melhor como é operar num ambiente para o qual não é possível enviar um técnico para resolver um problema de um momento para o outro.

Colocar centros de dados debaixo de água elimina alguns dos principais dilemas associados à tecnologia, como os gastos com a energia para arrefecimento das máquinas ou o subsequente sobreaquecimento dos servidores.

Também contribui para encurtar os tempos de entrada em produção de um centro de dados que no lugar dos dois anos que demora quando é construído em terra, pode passar a demorar apenas seis meses a operacionalizar no mar.

Além disso a Microsoft considera a ideia de associar o novo sistema a um módulo que aproveite a energia das marés para gerar a eletricidade necessária ao funcionamento do centro de dados.

O próximo teste do Project Natick vai usar uma cápsula três vezes maior daquela usada da primeira vez, mas o “mergulho” só está marcado para o próximo ano.