Uma equipa de investigadores da Agência Espacial Norte-Americana e da Universidade de Colorado em Boulder confirmaram a existência de um novo tipo de exoplanetas conhecidos como “super-puffs”. Os planetas “fofinhos” apresentam uma densidade inferior a 0,1 gramas por centímetro cúbico de volume, sendo "quase" tão leves como algodão doce, afirmam os cientistas.
Os exoplanetas localizados no sistema solar Kepler 51, a 2.400 anos-luz de distância da Terra, foram observados pela primeira vez em 2012 através do telescópio Kepler da NASA, sendo que, em 2014, os cientistas descobriram que apresentavam um baixo nível de densidade. No entanto, as primeiras pistas acerca da sua composição surgem apenas agora com o estudo realizado pelos investigadores da Universidade de Colorado em Boulder.
Os cientistas afirmam que trio de “globos fofinhos” observado através do telescópio Hubble é o conjunto de exoplanetas mais leves alguma vez descoberto fora do nosso sistema solar. Os planetas existem há cerca de 500 milhões de anos e, embora tenham uma dimensão semelhante à de Júpiter, mas, no que toca ao seu peso, em nada se comparam com o “gigante” do nosso sistema solar.
De acordo com os investigadores, a atmosfera dos “super-puffs” é opaca, algo que os leva a crer que poderão ser semelhantes a Titã, a maior lua de Saturno. Por meio de simulações computorizadas, a equipa desenvolveu a teoria de que os exoplanetas são compostos por hidrogénio e hélio, estando cobertos por uma espessa camada névoa de metano.
O passar do tempo poderá fazer com que dois dos exoplanetas deixem de ser “super-puffs”. Os cientistas preveem, por exemplo, que Kepler b, o planeta que se encontra mais próximo do sol do sistema solar em questão, tornar-se-á numa versão mais pequena e mais quente de Neptuno. Já Kepler d, a que está mais longe, poderá manter-se “fofinho” durante mais algum tempo, embora a sua dimensão diminua.
Em breve, os investigadores poderão determinar com um maior grau de certeza a composição dos exoplanetas através do telescópio espacial James Webb. Quando chegar ao espaço, depois de 2021, o telescópio espacial vai explorar o cosmo através de luz infravermelha, algo que poderá ajudar os astrónomos a perceber o mistério por trás dos “globos fofinhos”.
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