Depois de terminado o primeiro ciclo do ensino básico, muitos portáteis Magalhães acabam por ficar arrumados nas secretárias dos alunos, que já têm outras exigências. A Câmara Municipal de Almeirim quer agora reutilizar esses computadores e dar-lhes novo uso com os novos alunos, contornando assim a suspensão do programa e-escolinha por parte do Governo.

A campanha de recolha “Adotamos o Magalhães” foi lançada no final de julho e já foram conseguidos seis computadores, mas os responsáveis pela câmara pretendem conseguir pelo menos 75 equipamentos até outubro, adianta a TSF.

A suspensão dos programas e-escola e e-escolinha, lançados pelo governo de Sócrates, não permite agora às crianças e jovens acederem a benefícios na aquisição de computadores portáteis e ligação à Internet, gerando diferenças em relação aos alunos que frequentaram os mesmos graus de ensino há poucos anos atrás. Em declarações à rádio, Pedro Ribeiro, vice-presidente da câmara de Almeirim admitiu que os “professores começam a notar que há diferenças na competências entre os que tinham o Magalhães e os que não tinham”.

Para contornar a falta de verbas para aquisição dos equipamentos a autarquia quer agora reutilizar os computadores Magalhães. Ao contrário do que acontecia com o programa os computadores não serão “atribuídos” às crianças mas ficarão numa bolsa de material didático/técnico da câmara.

A ideia é que os 75 equipamentos possam ser usados por três turmas em simultâneo e está ainda prevista a possibilidade de deslocar os computadores de forma a serem usados por todas as escolas e turmas.

Recorde-se que no âmbito do programa e-escolinha foram entregues mais de 600 mil portáteis Magalhães a crianças do primeiro ciclo do ensino básico.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador