A Apple já está a recusar aplicações que impliquem o acesso ao UDID, um número único a cada iPhone e iPad, que permite identificar o dispositivo. De acordo com a informação, avançada pelo TechCrunch, a fabricante começou a semana passada a recusar a entrada na AppStore a software que exigisse esse tipo de permissão.

A medida era esperada, numa altura em que a empresa tem estado sob o escrutínio das autoridades e opinião pública por questões relacionadas com a privacidade. Ainda assim, a Apple foi mais rápida que o esperado, escreve o blog.

Em documentação sobre o iOS facultada aos programadores há cerca de seis meses, a fabricante do iPhone tinha avisado que iria passar a recusar software que acedesse aos UDIDs e a medida terá começado a ser posta em prática já nos últimos dias.

Segundo as fontes ouvidas pelo site, duas das dez equipas de avaliação da Apple começaram a fazer rejeições com base neste critério durante a semana que passou. Esta semana, a regra deverá passar a ser aplicada por quatro das dez equipas e o procedimento deverá ser, desta forma, progressivamente alargado a todas as equipas.

Ainda assim, estima-se que o processo de adaptação das aplicações, na sua globalidade, deva demorar cerca de um ano, porque os programadores precisam de tempo para adaptar as aplicações aos novos requisitos.

A decisão da empresa representa também uma modificação importante no negócio das empresas de publicidade móvel, que recorrem a estes números de identificação (a que deixarão de ter acesso) para estudar o tipo de aplicações e produtos usados pelo utilizador e apresentar a chamada "publicidade à medida". A prática é, porém, contestada por apresentar riscos para a privacidade dos utilizadores.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes