De acordo com os documentos, os carros robot da Uber têm vindo a aumentar fortemente o volume de milhas percorridas. O principal problema está na “qualidade da condução”, revela o Recode.

Em causa estará o número de vezes que tem sido necessária intervenção humana: muitas, com cada vez menos distância percorrida. Em situações consideradas críticas os relatórios mostram que a necessidade de “pegar no volante” tem oscilado bastante, entre valores melhores e piores.

No que diz respeito a situações caraterizadas como “más experiências”, em que se incluem as travagens bruscas por exemplo, tem sido necessário assumir o controlo dos veículos com muito mais frequência.

Os carros autónomos da Uber já andam nas estradas (norte-americanas) há alguns meses, e até já tiveram direito a passar sinais vermelhos, com toda a atenção mediática que isso possa merecer. 

A publicação dos relatórios mensais surgem num momento pouco positivo para o projeto de condução autónoma da Uber. A empresa é acusada pela Alphabet, de roubo de segredos comerciais à Waymo, a unidade de condução autónoma do grupo.

Isto porque um antigo funcionário da Waymo terá descarregado mais de 14 mil documentos com informação confidencial antes de deixar a empresa e constituir a sua própria companhia a Otto – que depois acabou por ser adquirida pela Uber.

Parte dos dados “roubados” estaria relacionada com um sensor importante para os carros que conduzem sozinhos.