Alguns consulados portugueses em várias localizações do mundo têm sofrido falhas informáticas que impossibilitam o atendimento nas melhores condições aos emigrantes lusos. O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) tem conhecimento da situação e justifica a situação com restrições financeiras.

O consulado de Curítiba, no Brasil, de Lugano, na Suíça, de Sevilha, em Espanha, e de Joanesburgo, na África do Sul, são alguns dos casos conhecidos que têm tido dificuldades em dar resposta à obtenção de documentos e informações por parte dos emigrantes portugueses, devido às falhas informáticas. O caso mais sério passou-se no Luxemburgo onde o consulado esteve sete semanas consecutivas sem ter acesso ao sistema informático.

Nas situações que precisam de resoluções mais rápidas, os emigrantes portugueses do Luxemburgo são reencaminhados até aos consulados mais próximos, que ficam em Bruxelas ou Estrasburgo. No caso do consulado de Curitiba, a delegação portuguesa mais próxima fica em São Paulo, ou seja, cerca de 400 quilómetros.

O problema das falhas informáticas foi divulgado na semana passada pelo jornal Público, mas a edição online do Jornal i de quarta-feira retoma o assunto com a posição oficial do MNE. "O MNE tem procurado proceder às necessárias intervenções tão rapidamente quanto possível, sendo que a rapidez desejada é por vezes afetada quer pela dispersão geográfica, quer pelas conhecidas restrições financeiras".

Os problemas não são resolvidos por especialistas locais por questões de segurança do sistema. O código de acesso ao sistema poderia por em causa dos dados dos emigrantes portugueses contidos nos servidores.

O problema também já foi confirmado pelo Sindicato dos Trabalhadores Consulares que fala em servidores informáticos "velhos e a dar as últimas". Neste sentido, o MNE garantiu ainda que "tem vindo gradualmente a modernizar informaticamente os postos diplomáticos, precisamente para servir melhor as comunidades espalhadas pelo mundo e para evitar problemas pontuais".


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