O Magalhães 2 (MG2) será utilizado no robô criado pela Universidade do Minho para participar na liga Robocup@Home, inserida no evento internacional RoboCup, que decorre em Singapura, entre 18 e 25 de Junho.

O RoboCup@Home é uma competição destinada a soluções orientadas para "vida real" e para a interacção entre pessoas e robôs autónomos, cujo objectivo é fomentar o desenvolvimento de robôs que possam ser úteis na assistência aos humanos no dia-a-dia. As provas têm como cenário uma casa "tradicional", onde se incluem ambientes como a cozinha e a sala de estar.

A plataforma portuguesa a concurso "é composta por três subsistemas independentes com comunicação entre si. Cada sistema será controlado por um processador único, na forma de um computador MG2", explica em comunicado a empresa responsável pelos computadores.

De acordo com a JP Sá Couto, a escolha do modelo deve-se ao facto de este ser pequeno, leve e de baixo consumo e também ao facto de ser construído em Portugal - o que possibilita o seu enquadramento no projecto.

O robô que vai representar Portugal foi concebido de raiz pelos investigadores e alunos do Grupo de Automação e Robótica da Universidade do Minho, desde a estrutura mecânica e hardware de electrónica, à programação dos sistemas de inteligência, visão artificial e de comunicação da máquina.

Ao primeiro computador cabe a interacção com o utilizador, tendo como funções principais o reconhecimento da voz, sua sintetização e coordenação das funções do robô.

O segundo é responsável pela locomoção da máquina pela casa - estando ligado a duas câmaras que, através da visão artificial, farão o reconhecimento da sua localização num mapa virtual. É também este computador que se ocupa da detecção e desvio de obstáculos e da identificação de entidades que terá de seguir.

O terceiro processador controla o braço robótico e a visão estéreo do mesmo. A articulação entre o braço e a visão estéreo permitirá não só identificar pessoas e objectos como também manusear os últimos.