O mercado português de produtos tecnológicos caiu 19,4% no último trimestre do ano passado. A comparação proposta é em relação ao período homólogo e consta da última análise divulgada pela GfK. Se considerarmos os doze meses do ano, a quebra situa-se nos 13,2%, acrescenta.

De acordo com a consultora, a faturação no quarto trimestre de 2011 situou-se nos 658 milhões de euros. As receitas anuais foram da ordem dos 2.387 milhões de euros, numa análise que engloba a eletrónica de consumo, fotografia, pequenos e grandes eletrodomésticos, telecomunicações, tecnologias de informação e equipamento de escritório.

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Faturação do mercado português de produtos tecnológicos. Fonte: GfK Temax Portugal, GfK Retail and Technology

Num cenário de quebra generalizada, é o segmento das telecomunicações que se sai melhor, com os smartphones a serem apontados como os equipamentos com mais saída.

Segundo o índice GfK Temax Portugal, o mercado das telecomunicações vendeu, nos últimos três meses de 2011, menos 9,7% que no mesmo período do ano anterior: 93 milhões de euros. A faturação anual chegou aos 316 milhões de euros, menos 8,2% que em 2010.

Menos otimista é o panorama apresentado para áreas como a eletrónica de consumo e as tecnologias de informação, onde as vendas caíram, respetivamente, 15,5% e 13,4%, para os 164 milhões de euros e 148 milhões de euros de vendas, no último trimestre do ano que passou.

A faturação global do ano foi de 549 milhões de euros para a eletrónica de consumo (menos 11,7% que em 2010) e 536 milhões de euros para as tecnologias de informação (menos 13,4% que em 2010).

Também dentro destes dois segmentos houve equipamentos que se destacaram, como é o caso das televisões, que se sagraram o produto mais procurado pelos consumidores. No caso das tecnologias e informação, os "portáteis e respetivos e acessórios" são referidos pela GfK como "produtos que estiveram melhor que a média".

Pequenos eletrodomésticos, fotografia, grandes eletrodomésticos e "equipamentos de escritório e consumíveis", todos registaram variações negativas de 27,2%, 23,3%, 28,8% e 24,3%, respetivamente, no últimos meses de 2011, face ao período homólogo.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes