As tecnologias de reconhecimento facial fazem já parte do arsenal de métodos de autenticação de muitos dispositivos móveis. Muitos consideram que a verificação biométrica é um dos modos mais seguros de desbloqueio de smartphones e tablets, por exemplo. Mas agora há quem ponha isso em causa.

De acordo com informações divulgadas pelo The Wired, um grupo de investigadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, demonstrou como é que os cibercriminosos podem ludibriar estas tecnologias.

Os investigadores demonstraram a falibilidade dos mecanismos de reconhecimento facial através da criação de imagens faciais em três dimensões - por meio de um sistema de realidade virtual - com base em fotografias publicamente disponíveis em redes sociais e outras plataformas digitais. Os modelos faciais digitais em 3D mostram a estas tecnologias aquilo “que elas querem ver”, ou seja, incluem os pontos-chave que as tecnologias de reconhecimento facial procuram: profundidade e ilusão de movimento.

Para além de demonstrar que as tecnologias de autenticação por meio da biometria facial podem não ser tão infalíveis como se poderia pensar, os investigadores puseram ainda em evidência o universo infindável de material que os hackers têm à sua disposição nas redes sociais para lançarem ataques como o demonstrado.

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A própria Google, a respeito do seu sistema de reconhecimento facial Trusted Face, admite a fragilidade deste método, afirmando que “é menos seguro do que um código PIN, um padrão ou uma palavra-passe”.