A informação privada de mais de três milhões de utilizadores da rede social foi exposta por um grupo de académicos da Universidade de Cambridge, que os distribuiu em um site que não tinha garantias de segurança suficientes, relatou a New Scientist.

Segundo a investigação do site, mais de seis milhões de pessoas usaram a app myPersonality, uma aplicação que recolheu todo o tipo de detalhes pessoais de utilizadores do Facebook, incluindo resultados de testes psicológicos. Esta é uma das 200 apps que o Facebook confirmou hoje que está a investigar e que decidiu suspender.

De acordo com a notícia, cerca de 40% dos utilizadores autorizaram a partilha dos seus dados, o que resultou na criação de um dos maiores bancos de dados de pesquisa em ciências sociais da história.

Todos os dados foram recolhidos e os nomes dos utilizadores do Facebook foram removidos, tendo a informação sido colocada em um site para que pudessem ser partilhadas com outros investigadores.

Cada participante da app myPersonality recebeu um ID exclusivo vinculado à idade, sexo, localização, atualizações de status, resultados de testes de personalidade e muito mais, o que, embora os nomes dos utilizadores do Facebook tenham sido excluídos, permitia identificar facilmente os envolvidos nos testes psicológicos.

Mais de 280 pessoas de cerca de 150 instituições tiveram acesso a todos os dados, incluindo investigadores de universidades e empresas como o Facebook, Google, Microsoft e Yahoo. Apenas tinham que se registar como colaboradores no projeto.

Durante quatro anos os dados estiveram disponíveis online para qualquer pessoa com um nome de utilizador e uma password que dava acesso ao conjunto de dados dos cerca de 3,1 milhões de utilizadores.

O Facebook comunicou hoje que suspendeu o myPersonality  da sua plataforma, afirmando que a aplicação está sob investigação por possivelmente violar as suas política, assim como outras duas centenas de apps.