Num parecer emitido na terça-feira, a que a agência de notícias EFE teve acesso, o juiz Jonathan Swift considerou que não são aceitáveis "nenhum dos quatro argumentos" levantados pela defesa de Julian Assange, reafirmando a autorização de extradição assinada em 17 de junho de 2022 pela então ministra do Interior britânica, Priti Patel.

O magistrado também rejeitou, numa decisão paralela, que o jornalista de 51 anos possa recorrer de partes de uma decisão de janeiro de 2021, que indeferiu a sua extradição por considerar que apresentava risco de suicídio. Para Jonathan Swift, o recurso "não passa de uma tentativa de reexecutar os extensos argumentos já apresentados e rejeitados antes pela juíza" Vanessa Baraitser.

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Embora a decisão da juíza Vanessa Baraitser tenha sido favorável a Assange - os Estados Unidos recorreram posteriormente com sucesso das decisões da juíza -, a equipa jurídica de Assange resolveu contestar alguns dos argumentos que a juíza rejeitou.

A única opção que resta aos advogados de Assange é tentar apelar da decisão do juiz Jonathan Swift.

Na rede social Twitter, a mulher do fundador do WikiLeaks, Stella Assange, confirmou que na próxima terça-feira, no final do prazo, apresentarão recurso perante outros dois juízes do Tribunal Superior, a sua última possibilidade judicial no Reino Unido.