A Microsoft anunciou ter desmantelado as principais redes de computadores zombie infectados com variantes do malware Zeus - que se estima ter cerca de 13 milhões de computadores sob o seu controlo em todo o mundo.

De acordo com a informação avançada ontem pela gigante de Redmond, a empresa a os seus parceiros internacionais tomaram na passada sexta-feira controlo sobre os servidores responsáveis por "algumas das piores botnets Zeus".

O acesso aos servidores, localizados em dois Estados dos EUA, foi levado a cabo sob a alçada das autoridades norte-americanas, no âmbito do processo intentado pela empresa e pelos seus parceiros, os membros da associação FS-ISAC, que junta bancos, instituições de crédito, corretoras, seguradoras e fornecedores de serviços de pagamentos.

O processo deu entrada no tribunal este fim de semana e tem como réus os criadores e "operadores" das botnets baseadas no malware Zeus e suas variantes. De acordo com os queixosos, o software é usado por cibercriminosos para apresentar sites falsos (ou modificar os legítimos) quando as vítimas tentam aceder a serviços de banca online, o que lhes permite apoderarem-se de dados pessoais e credenciais de acesso às contas, das quais depois roubam dinheiro.

O malware em causa é considerado especialmente perigoso porque está a ser vendido no mercado negro como uma espécie de "kit de cibercrime", que os interessados podem comprar por valores entre os 700 dólares e os 1.500 dólares, consoante as "funcionalidades" incluídas, escreve a CNET.

Uma vez instalado num PC, o código malicioso está em execução permanente sem que o utilizador disso se aperceba, registando todos os dados suscetíveis de permitirem aos criminosos fazer compras, transferir dinheiro das contas ou aceder a informações para roubo de identidade, descreve a Microsoft. Existem computadores que comandam as redes de PCs infectados e que os servidores a que tiveram acesso são os responsáveis por este tipo de operações.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Joana M. Fernandes