A Blizzard é um dos estúdios mais antigos e respeitados na indústria dos videojogos. É responsável pelo mais lucrativo MMO, World of Warcraft, assim como os universos de StarCraft, Diablo e Overwatch. Nos últimos anos, o corporativismo imposto pela sua casa-mãe Activision levaram ao abandono de muitos nomes sonantes da empresa, culminando com a saída do seu próprio cofundador, Mike Morhaime em outubro de 2018, alegadamente abandonando a indústria dos videojogos.

Obviamente que na sua posição de líder de um dos estúdios mais poderosos da indústria, o veterano teve de assinar uma cláusula de “não competição” com a sua ex-empresa, que expirou em abril de 2019.

Mike Morhaime
Mike Morhaime foi um dos fundadores da Blizzard em 1991. Acabou por sair da empresa em outubro de 2018. Está agora de regresso com muitos ex-companheiros da Blizzard na nova empresa Dreamhaven.

Assim, Mike Morhaime acaba de revelar a sua nova empresa Dreamhaven, e tem planos ambiciosos. Nos últimos dois anos o lendário produtor reuniu diversos dissidentes da Blizzard, que foram também saindo da empresa. E a editora conta já com dois estúdios internos, liderados por veteranos da indústria.

A Moonshot é liderada por Jason Chayes, produtor executivo de Heartstone, Dustrin Browder, o diretor de StarCraft 2 e Ben Thompson, o diretor criativo de Hearthstone, diretor de arte de World of Warcraft Trade Card Game, mas também trabalhou em Dungeons & Dragons e Magic: The Gathering.

“Logo nos primeiros dias, quando pensámos nos planos para a Moonshot, imaginámos um estúdio que celebra a curiosidade e coragem. Aspiramos ser corajosos na nossa abordagem e penso que o melhor caminho de o fazer é criar uma cultura centrada em torno da confiança”, refere Jason Chayes.

O segundo estúdio chama-se Secret Door e é liderado pelo produtor executivo de Hearthstone Chris Sigaty, o diretor desse jogo Eric Dodds e Aland Dabiri, que esteve envolvido em Heroes of the Storm, Warcraft 3 e StarCraft 2. Este parece ser um estúdio mais experimentalista e segundo as declarações do seu líder, o objetivo é reunir os jogadores de formas positivas, enquanto constroem uma casa para criadores. “Dreamhaven está a oferecer-nos tudo o que precisamos para apalparmos territórios desconhecidos”, salienta.

Ainda não foram revelados projetos de qualquer um dos estúdios. A empresa ainda só tem 27 empregados, e considerando as raízes da Blizzard, provavelmente não iremos ouvir falar em jogos tão cedo. Nas suas primeiras aparições, Mike Morhaime referiu que algumas das ideias na mesa eram videojogos, mas outras poderiam abraçar outras indústrias.