Quarenta e oito por cento das empresas em todo o mundo precisam de mais de meio ano para encontrar um profissional qualificado em cibersegurança. Na Europa o cenário é um pouco melhor, mas a falta de experiência comprovada (57%) foi citada como um dos maiores desafios dos gestores empresariais, juntamente com o elevado custo de contratação (52%) e a rápida evolução tecnológica (42%).

As conclusões fazem parte do estudo "The portrait of the modern Information Security Professional", da Kaspersky, e indicam igualmente que 41% das empresas em todo o mundo admitem que as suas equipas de cibersegurança têm falta de recursos.

Ao mesmo tempo, aproximadamente 28% dos inquiridos na Europa afirmam que são necessários mais de seis meses para preencher um cargo médio de segurança da informação. De acordo com 31% das empresas, são necessários mais de seis meses para preencher uma vaga sénior, enquanto o recrutamento de uma vaga júnior pode demorar até três meses, de acordo com 36% dos inquiridos.

Para a Kaspersky, os números são “alarmantes”, refere em comunicado. “As empresas que operam durante longos períodos sem os colaboradores necessários correm um enorme risco e tornam-se um alvo fácil”, sublinha.

Quando questionados sobre os maiores desafios para encontrar e contratar um profissional de InfoSec com as devidas qualificações, a maioria dos inquiridos citou uma discrepância entre a certificação e as competências práticas reais (52%) e a falta de experiência (49%), salientando que a experiência profissional comprovada é uma das características mais importantes que as empresas procuram num especialista de cibersegurança. O elevado custo da contratação destes especialistas é, também, um obstáculo para 48% dos líderes empresariais.

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Estudo Kaspersky "The portrait of the modern Information Security Professional" créditos: Kaspersky

Os desafios apontados pelos líderes europeus são os mesmos sentidos em diferentes partes do mundo: a falta de experiência comprovada (57%) e o custo elevado dos processos de contratação (52%) estão, sem dúvida, no topo da lista. A crescente mudança tecnológica (42%) também representa um obstáculo para as empresas europeias.

A concorrência global e as práticas de contratação agressivas e competitivas por parte de várias organizações afetam mais de 41% dos inquiridos. “Números como estes mostram que, mesmo que uma empresa encontre potenciais candidatos com os requisitos necessários, a contratação dos mesmos não é um dado adquirido. Num ambiente tão competitivo o processo de contratação pode continuar indefinidamente”, acrescenta a Kaspersky.