Em 2017 o mercado global do vídeo online deverá gerar receitas na ordem dos 28 mil milhões de euros (cerca de 37 mil milhões de dólares) e no final desta década poderá mesmo representar 10% de todas as receitas geradas pelos mercados do vídeo e da televisão.


As previsões foram hoje anunciadas pela Informa Telecoms & Media, através do estudo OTT Video Revenue Forecasts, que destaca a importância cada vez maior que a disponibilização online de conteúdos vídeo possui.


O estudo exclui os serviços de Video on Demand (VoD) comercializados pelos operadores convencionais de televisão por cabo, incidindo em propostas como o Netflix ou o YouTube, tendo como base três tipos de receitas geradas: publicidade, subscrições e transações online feitas sobre esses serviços.


De acordo com a Informa Telecoms & Media, a maior fatia das receitas previstas continuará a ser proveniente do investimento publicitário, tal como já acontece atualmente, em detrimento dos valores obtidos com as assinaturas.


O estudo indica ainda que as receitas serão geradas não apenas por conteúdos visualizados nos PC, mas também pela crescente utilização de dispositivos móveis, como tablets e televisores com ligação à Internet. A empresa reforça a ideia de que a rentabilização dos vídeos online será cada vez mais uma aposta dos fornecedores de acesso, desempenhando um papel crescente neste segmento de mercado.


Giles Cottle, analista na Informa Telecoms & Media e autor do estudo, defende que "o vídeo online, hoje, vale muito mais do que os cêntimos digitais do passado e está a atrair receitas reais e em crescimento".


No entanto, o mesmo responsável alerta para o facto de este valor estar concentrado apenas em algumas empresas, estimando que a Apple, a Google, Netflix e as cadeias globais de emissão de vídeo possam representar cerca de 70% das receitas atualmente geradas pelo vídeo online.


Por fim, o relatório da Informa Telecoms & Media destaca o domínio dos EUA na geração das receitas geradas pelo vídeo online a nível global. A empresa refere que dos cerca de 75% das receitas geradas pelo mercado norte-americano na atualidade, essa percentagem baixará para menos de 60% de contribuição em 2017.


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